A decisão do governo federal de revogar a obrigatoriedade da presença de placas de alerta aos motoristas sobre a existência de fiscalização eletrônica parece que não terá efeito em Londrina.
Restrita ao controle do limite de velocidade, a deliberação pode afetar a sinalização de apenas um equipamento de fiscalização existente na BR-369, no trecho entre Londrina e Ibiporã. Os equipamentos localizados no perímetro urbano do município, destinados ao controle de avanço de sinal vermelho, não são afetados pela decisão. Eles estão localizados nos seguintes cruzamentos: Tiradentes e Rio Branco, Goiás e Pernambuco, Goiás e Mato Grosso, J.K. e Uruguai e Dez de Dezembro com Tremembés e com Potiguares.
Essa deliberação 38 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) foi publicada segunda-feira no Diário Oficial da União. Desde outubro do ano passado, era necessário sinalizar as vias fiscalizadas por radar com dois tipos de placa: uma com a velocidade máxima permitida e outra sobre a presença do equipamento. A resolução determina a manutenção apenas da placa sobre o limite de velocidade.
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O gerente de operações da superintendência regional do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Silvio Celvadici, declarou que o órgão só vai se pronunciar após receber notificação oficial. Ele afirmou, no entanto, que as placas deverão ser mantidas. ''Uma vez que a sinalização já está no local, a tendência é de que não seja retirada'', disse.
Para o diretor de fiscalização de trânsito da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Álvaro Grotti Júnior, a medida vai na contramão do objetivo do Código Brasileiro de Trânsito, que prioriza a orientação em vez da punição.
''Uma aberração. A fiscalização deveria ser mais educativa, e não priorizar a punição'', diz o advogado Fábio Teófilo. Para ele, a mudança deverá causar aumento do número de acidentes e da ''indústria da multa''.
O supervisor de vendas Marcelo Romera, 30 anos, não acha uma boa decisão. ''É péssimo porque pode virar uma indústria da multa. Quem perde sempre é o motorista'', opinou. O publicitário Otair Gomes, 44, considera a medida ''um absurdo'': ''O cidadão deve ter o direito de saber sobre o que interfere na sua vida, tem de estar consciente. As coisas têm de ser transparentes'', destacou.