Desde 2007, Londrina não tinha um verão tão seco como este ano e, de acordo com o Simepar, o outono que se inicia hoje será também de poucas chuvas. A precipitação registrada neste verão em Londrina, de dezembro de 2011 a março de 2012, atingiu apenas 350 mm, total abaixo da precipitação média histórica desta estação do ano na cidade, que é de 750mm.
O mês mais seco do verão foi o de março quando choveu apenas 34mm (até 19/3), seguido por fevereiro com 40mm. Os meses de janeiro deste ano e dezembro de 2011 foram um pouco melhores, com registros de 190mm e 86mm, respectivamente.
De acordo com a metereologista, Sheila Paz, a seca atingiu todos os estados do sul do País e o La Niña é a explicação para a falta de chuvas. "O fenômeno vai continuar inibindo a disponibilidade de umidade na região sul do Brasil assim como ocorreu no verão. No Paraná, as chuvas ficaram abaixo dos valores médios em todo Estado neste verão, especialmente na faixa norte, região central e oeste. Como consequência a falta de chuvas, as temperaturas atingiram patamares elevadíssimos, e em todas as regiões paranaenses os registros máximos ficaram superiores aos números médios desta época do ano", informou a metereologista.
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Segundo Sheila, a umidade do ar vai permanecer baixa até maio, quando se inicia o inverno, que também tem características de seca mas sem a influência do um fenômeno climático.
Além de Londrina, outras sete cidades paranaenses enfrentaram severa baixa de umidade do ar, três delas também na região norte do Estado. A cidade que mais sentiu o efeito do La Niña foi Foz do Iguaçu no oeste do Estado, a precipitação foi de apenas 194mm durante os quatro meses do verão. No norte do Estado, as cidades que mais foram afetadas, além de Londrina, foram Apucarana, Maringá e Paranavaí. Já na região central do Estado, Cândido de Abreu e Palmital. E no Oeste, Foz do Iguaçu e Palotina.
O efeito provocou alta de 3ºC na média climatológica de Campo Mourão, registrada em 32, 7ºC. Em Londrina, a média durante todo o verão foi de 31,2ºC.