O prazo dado pela Procuradoria do Trabalho para cerca de 1.100 empresas de Londrina contratarem menores como aprendizes terminou na última segunda-feira e até ontem nenhum garoto que fiscaliza o estacionamento regulamentado da Zona Azul foi encaminhado para um outro trabalho, como foi solicitado pela procuradora Margaret Matos de Carvalho.
O problema não foi a falta de interesse dos empresários. O diretor da Escola Profissional e Social do Menor em Londrina (Epesmel), entidade que responde por esses jovens, padre Lídio Roman, admitiu que houve a procura, mas explicou que os garotos mão cumpriam os requisitos, como ter curso de auxiliar administrativo.
Outros 40 alunos da Epesmel que não trabalham como fiscais acabaram sendo encaminhados. Os selecionados frequentavam esse tipo de curso, diferente dos da Zona Azul, que passam apenas por um teste antes de admitidos.
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''Todos os garotos da Zona Azul continuam na atividade'', informou o padre. A recomendação da procuradora Margaret Matos de Carvalho é que a Epesmel desse prioridade na substituição dos menores de 18 anos que trabalham na Zona Azul. Ela considerou a atividade 'perigosa e insalubre' para os adolescentes.
A procuradora, que está de licença, disse ontem, pelo telefone, que ainda não sabe quantas empresas de Londrina se adequaram à legislação trabalhista, que prevê que de 5% a 15% do quadro de funcionários seja constituído por aprendizes com idade de 14 a 18 anos.
Assim que retornar ao trabalho, ainda este mês, ela fará a avaliação de quantas cumpriram a lei e alerta que se a questão não for resolvida 'amigavelmente', então entrará com uma ação civil pública na Justiça do Trabalho contra as empresas.
A gerente de uma imobiliária da cidade, que não quis se indetificar, acha complicado se adequar à lei. Ela conta que contratou um adolescente da Epesmel por causa do prazo determinado, sem ter uma vaga disponível. ''Desde ontem (segunda-feira) contratamos o garoto. Até agora não sei ainda o que ele vai fazer'', disse.