O promotor de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos de Londrina, Paulo César Vieira Tavares, pediu nesta terça-feira (30) a instauração de um inquérito policial para apurar vídeo de cunho racista realizado pelo estudante de Direito Pedro Bellintani Baleotti, de 25 anos.
No vídeo, feito no último domingo de eleição (28), ele diz: "indo votar... com arma, faca, pistola e o diabo. Louco pra ver um vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo. Ó (vira o celular para um motociclista que está na sua frente), tá vendo essa negraiada aí? Vai morrer, vai morrer! Aqui é capitão!". O estudante usava a camisa do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
"Recebi na segunda-feira (29) a gravação desse cidadão em que ele claramente incita a prática e discriminação de raça. Evidentemente está praticando crime de racismo, conforme a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989", declarou Tavares em entrevista à FOLHA.
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"A pena é de 1 a 3 anos e multa. No entanto, pode haver um aumento na pena, pois foi praticado pelos meios de comunicação social. Neste caso, a pena é de 2 a 5 anos de reclusão e multa", explicou.
Pedro Baleotti também se pronunciou em nota na noite desta terça-feira (30) após ser procurado pela imprensa. Veja na íntegra:
"A respeito do vídeo que circulou nas redes sociais, quero dizer que se trata de um desabafo e um posicionamento político que fiz, porém de uma forma descabida e extremamente equivocada. Acabei destratando pessoas que nem conhecia. E mais: pela forma contundente com que falei, causei um receio e até certo medo. Quem me conhece sabe bem que não sou racista, muito menos um indivíduo violento. Por essa razão, quero que todos saibam o quanto me arrependo deste episódio. A todos os que sentiram ofendidos, minhas mais sinceras desculpas! O que eu disse, de forma infeliz, não corresponde em nada com o que penso. Eu garanto! Por consequência dos meus atos estou recebendo diversas ameaças por algo que não sou. Lamento muito pelo mal que possa ter causado."