O que fazer com um filho de 14 anos viciado em crack, maconha e cocaína? S.A.F, 36 anos, está desesperada. Há um mês ela tenta internar o filho e até agora não conseguiu ajuda para o rapaz.
''Estou com medo de perder meu filho. Não tenho mais para quem pedir ajuda e sinto que estou desabando junto com ele'', confessou, tentando conter o choro enquanto fala. Há duas semanas, a Folha publicou reportagem sobre a falta de locais e serviços para tratar de dependentes de drogas.
A história de S. e do filho dela, R., é parecida com a de muitas outras famílias londrinenses. Separada do marido, S. cria os dois filhos, de 14 e 6 anos, sozinha, trabalhando como diarista. Ela descobriu o vício do filho mais velho há dois anos.
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Na luta para livrar o garoto das drogas, S. já passou com ele por várias instituições e entidades. Nos últimos dois anos, quem acompanha o drama da família de perto é a psicóloga Camila Menezes Zulian, do Projeto Murialdo, que cuida da aplicação de medidas sócio-educativas para adolescentes que cometem atos infracionais.
Ela já tentou internar o filho em todas as entidades que recuperam adolescentes viciados em Londrina. São apenas cinco locais, todas ligados à igrejas evangélicas e católicas.
Há também uma clínica particular, mas o preço da diária de R$ 90 a R$ 140 torna a alternativa inacessível para pessoas como S. Num dos poucos locais que aceitam adolescentes internados, ela não encontrou vaga.