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Insegurança

Mulher tem casa destruída depois de ser feita refém em Londrina

Redação - Folha de Londrina
08 abr 2003 às 08:28

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Dona de casa registrou queixa e teve barraco, no Jardim Maracanã, incendiado: lei do silência impera no assentamento - César Marinho
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A única lei que vigora no Jardim Maracanã, um assentamento da zona oeste de Londrina, é a lei do silêncio.

Os moradores, que já sofrem com os problemas de falta de infra-estrutura do bairro, são obrigados a acatar os desmandos dos marginais e se calarem se não quiserem se indispor com os verdadeiros donos do lugar.

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A última vítima foi uma mulher de 49 anos. M.G. declarou à polícia que teria sido mantida refém dentro da própria casa por cerca de uma semana.

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Depois de ser expulsa de casa na noite do último domingo, ela deu queixa da agressão e, por isso, o barraco onde morava foi incendiado na tarde desta segunda-feira.

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A casa, localizada na Rua 13, foi completamente destruída. Móveis, utensílios domésticos, roupas, tudo foi destruído pelo fogo. Um fusca estacionado ao lado da casa também foi atingido pelas chamas.


Na vizinhança ''ninguém viu nada''. Até o homem que se disse proprietário do veículo destruído não tinha nada a dizer.

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M.G. teria sido obrigada a fugir às pressas do bairro na segunda de manhã, levando apenas algumas roupas. Seu paradeiro era desconhecido até o final da tarde desta segunda-feira.


Policiais militares chegaram ao local no início da madrugada de segunda-feira e apreenderam três menores e prenderam Luciano Bispo Pereira, 19 anos, todos suspeitos de ameaçar e expulsar a mulher e outras famílias do Jardim Maracanã.

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Além de objetos roubados, foram encontrados com eles dois revólveres - um calibre 38 e outro calibre 22 - e um facão.


Eles teriam invadido a residência da dona de casa há pelo menos uma semana e foram abordados no momento em que estariam roubando um aparelho de som e um botijão de gás.

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Além de Pereira, que estava com a arma de fogo, foram apreendidos R.F.L., 16, H.D.S.A. e B.M.B., ambos de 15 anos (este último estava com o facão). Os soldados chegaram depois que a mulher conseguiu escapar do grupo.


A dona de casa disse ao delegado de plantão, Fátimo Siqueira, que os marginais a obrigaram a cozinhar, lavar e passar para eles durante uma semana.

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O grupo também teria usado o local para consumir drogas. A mulher decidiu denunciar o caso depois que um dos suspeitos disparou um tiro próximo à cabeça dela.


A denúncia feita pela dona de casa confere com as informações de que um grupo originário do Jardim Campos Verdes, na divisa entre Londrina e Cambé, estaria forçando moradores a abandonar suas casas.


O delegado do 3º Distrito Policial, Marcelo Sakuma, está investigando três situações deste tipo nos bairros da região. Um dos grupos seria comandando por um homem conhecido como ''Ema''.

Ele apontou que os suspeitos detidos deverão responder, inicialmente, por roubo e porte ilegal de arma


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