Até dezembro, Londrina contará com sete defensores públicos, nomeados na última terça-feira, dia 16 de outubro, pelo governador Beto Richa.
O total de sete profissionais era o mínimo defendido pela OAB-Londrina, que se mobilizou contra o número inicialmente previsto, que eram quatro defensores. "A situação em nossa comarca é muito preocupante. Acredito que temos hoje a pior situação prisional do Estado", comenta Artur Piancastelli, presidente da entidade.
A Subseção vinha se mobilizando há anos pela instalação da Defensoria, com realização de debates, exposição do problema à sociedade e encaminhamento de ofícios aos órgãos competentes do Estado, expondo a precária situação dos presos nas cidades atendidas pelas Varas de Execuções Penais de Londrina.
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"Vamos continuar atentos e reivindicando melhorias. O número de defensores para nossa cidade ainda é insuficiente, mas representa uma grande conquista para toda a comunidade londrinense. Um alívio para a população carente, para o sistema prisional, para os advogados dativos e para a Justiça. Parabéns à OAB e a todas as outras entidades que há tantos anos batalham nesta trincheira", comenta Piancastelli.
Ao todo, foram nomeados 87 novos defensores para todo o Estado, que até agora contava com apenas 10. Londrina foi a cidade com o maior número de nomeações, ficando atrás apenas de Curitiba. Os profissionais devem participar de cursos e receber treinamento, iniciando os trabalhos em cerca de quarenta dias.
Todos foram aprovados em concurso que havia previsto 197 vagas no edital. Segundo a defensora pública-geral, Josiane Fruet Bettini Lupion, há a previsão de que até novembro de 2013 seja publicado o edital de um novo concurso público para o preenchimento das 110 vagas para as quais não houve candidatos aprovados. Mesmo que todos estes cargos sejam preenchidos, ainda deve haver um déficit. Segundo dados da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), o número recomendado para o estado é de 844 defensores.