O amor pelas motos fabricadas pela Harley Davidson, empresa fundada em 1903 nos Estados Unidos, se consolidou mais do que centenária ao longo da história contada por gerações que não apenas adquiriram uma Harley como produto, mas também como estilo de vida. Tal influência fez com que concessionárias da montadora fomentassem a criação dos chamados HOGs (Harley Owners Group), grupos formados por pilotos e garupeiros que têm um único objetivo: estreitar os laços de amizade com o ronco do motor e vários quilômetros a percorrer.
Em Londrina, os números comprovam que a paixão por uma Harley é avassaladora. Em apenas dois anos, são mais de 300 associados. O HOG pé-vermelho hoje é reconhecido pela organização impecável, mas, para o presidente do conjunto na cidade, Igor Augusto Souza, os primeiros dias não foram fáceis. "Temos uma estrutura sem fins lucrativos. Hoje organizamos vários eventos, inclusive beneficentes, mas nos meses iniciais apenas sentamos para formar a diretoria e como iríamos atuar na nossa região. Graças a Deus, tudo tem dado certo", disse.
Neste final de semana, o HOG Londrina estará reunido em um resort na região de Cornélio Procópio. Segundo Souza, a curta distância pode ser um atrativo a mais para aqueles que ainda estão se habituando com o universo de uma Harley. "A estrada representa a nossa união, que é somada com a presença de novos integrantes". Geralmente, o HOG organiza dois tipos de trajeto: o bate e volta e o bate e fica, quando pernoitam em algum município da região.
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Coisa de mulher
Quem ainda tem o pensamento de que moto só pode ser associada, está redondamente enganado. Essas são as palavras da designer e empresária do ramo de imobiliária Érica Ferraz Marangoni, eleita em 2017 a Ladie of Harley do HOG Londrina. "Minha missão é incentivar as mulheres a participarem ativamente das atividades que promovemos, dos passeios, dos jantares". Ela disse que a paixão sob duas rodas sempre esteve no DNA do marido, que comprou uma Harley em setembro. "Estávamos em Curitiba participando de um evento da HOG de lá. Foi aí que caiu a ficha de que eu queria seguir esse estilo mesmo", revelou ao Portal Bonde.
Quando realizou o sonho de ter a própria moto, Érica não perdoou a vizinhança. "Eu andei 100 km em volta do quarteirão de casa até aprender a pilotar. Não resisti. Pra você ter uma ideia, não tinha nem coragem de tirar ela da garagem. Hoje ando com o meu marido e toda a galera vários quilômetros apenas para comer um sanduíche. Só quem vive isso sabe do que estou falando. É inexplicável", completou.