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Reforço no policiamento

PM identifica nove pontos de protestos espalhados por Londrina

Jéssica Sabbadini - Redação Bonde
11 jun 2025 às 13:03

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Fernando Buchhorn
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Uma série de protestos tomou conta de vias importantes no final da tarde desta terça-feira (10) em várias regiões de Londrina. O objetivo era denunciar a violência policial e a morte de Gabriel Felipe Rodrigues Dalbello, 22, durante uma abordagem policial na última sexta-feira (06), no Jardim Interlagos, na zona leste.


Em entrevista à FOLHA na manhã desta quarta-feira (11), Emerson Castro, capitão do 5° BPM (Batalhão de Polícia Militar) de Londrina, explicou que as forças de segurança identificaram nove pontos de protestos entre o final da tarde e o início da noite desta terça-feira, sendo o principal na Avenida Theodoro Victorelli, que faz a ligação entre o centro e a zona leste de Londrina. Nesse local, cerca de 30 manifestantes se reuniram, atearam fogo em pneus e carregavam faixas e cartazes. 

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Manifestantes também protestaram em três pontos ao longo da Avenida Brasília (nas regiões leste, central e oeste), na Rodovia Carlos João Strass e nas ruas  Anníbal Balaroti e  Álvaro Grotti (zona norte), na BR-369 (próximo ao jardim Nossa Senhora da Paz, na zona oeste) e na Rua Flor de Jesus (zona leste).

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Em todos os pontos, o capitão destaca que houve a queima de produtos inflamáveis, principal característica desse tipo de manifestação. Além disso, segundo ele, a polícia apreendeu uma carretinha carregada de pneus que iriam ser incendiados durante os atos.

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Relato da mãe


Capitão Castro aponta que a mãe de Gabriel Felipe Rodrigues Dalbello se apresentou como a organizadora do protesto. Além dela, outros familiares do jovem, morto durante um confronto policial, já foram identificados. Ele detalha que, na Avenida Theodoro Victorelli, os manifestantes começaram a dispersar com a chegada dos policiais.

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Segundo o oficial, a mãe do rapaz, Vera Lúcia, conversou com os policiais durante o protesto. “Ela se apresentou para a gente e disse que queria se manifestar e queria ser ouvida”, detalha. Segundo ele, a mulher alega que a tese apresentada pelos policiais presentes no fato não seria a verdadeira. 


Ainda de acordo com o capitão Castro, ela foi chamada para comparecer na sede do 5° BPM e conversar com o comandante, assim como para ir até a Delegacia de Homicídios e acompanhar o andamento do inquérito e apresentar provas que possam confirmar a alegação. “Ela não participou da ocorrência policial, apenas faz acusações, ou acredita em algo, que não seria real”, afirma.

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Fernando Buchhorn


'Ela queria ser ouvida'

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Ainda durante a conversa com a mãe, ela disse ao oficial que não teria queima de ônibus e que não estava sendo influenciada por crenças políticas ou por grupos criminosos. “Ela disse que era apenas uma convicção dela, como mãe, e que ela queria ser ouvida”, detalha, apontando que o protesto foi, na visão dela, a forma encontrada para ser ouvida. 


“Diante de um cenário desse, o que a gente quer é acalmar e apaziguar os ânimos para evitar qualquer tipo de desordem pública”, reforça o capitão. Durante os protestos, segundo ele, as equipes da Choque e da Rotam, assim como os alunos do curso de sargento, foram chamadas para auxiliar no reforço policial e na contenção do protesto. “O policiamento foi distribuído pela cidade e a gente não teve mais nenhum foco ou informação de alguma manifestação ou de dano na cidade”, relata.

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'Essa é a visão dela'


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Ainda de acordo com o capitão do 5° BPM de Londrina, Vera Lúcia confirmou que o filho sempre esteve envolvido com o crime, mas questiona a forma com que ele foi abordado. Para ela, o rapaz não teria confrontado os policiais e deveria ter sido preso. “Essa é a visão dela. Ela já foi orientada de que a versão é investigada e quem apresenta a decisão final é a Justiça”, explica, detalhando que os fatos são apresentados nos inquéritos policiais, tanto militar quanto civil. 


Durante o protesto na Theodoro Victorelli, a reportagem conversou com a tia de Gabriel, Daiane Teixeira. "Eu fui reconhecer o corpo dele e estou incrédula até agora; eles acabaram com ele de tanto tiro que deram", afirmou. 


O suposto confronto aconteceu na última sexta-feira, no Jardim Interlagos. De acordo com Emerson Castro, a polícia já tinha informações de que Gabriel Felipe Rodrigues Dalbello estaria envolvido em furtos e roubos desde os 14 anos, com casos recentes de furto a uma farmácia em Cambé e arrombamento de uma residência em Assaí. No momento, ele estava com um mandado de prisão em aberto por roubo agravado na cidade de Ibiporã. 


Segundo o capitão, todos os dias a polícia faz o levantamento de pessoas que estão com algum mandado de prisão em aberto e repassa para as equipes, responsável pelo cumprimento dos mandados judiciais.


Entre o início de abril e o dia 06 de junho, data do fato, 114 mandados foram cumpridos e os alvos, presos. “Infelizmente, a tentativa de cumprir um desses mandados teve como resultado a intervenção policial com óbito”, explica. Castro aponta que uma pistola teria sido encontrada com o rapaz. 


Acompanhamento psicológico e IPM


Os policiais envolvidos no caso passaram por um acompanhamento psicológico e já retornaram ao trabalho. Segundo o capitão, em toda a ocorrência em que há disparo de arma de fogo por parte do policial ou quando ele é vítima de algum tipo de agressão, o agente é apresentado ao Prumos (Programa de Saúde Mental aos Profissionais da Segurança), que presta atendimento psicológico aos policiais e avalia se há condições de o agente voltar ao trabalho. 


Além disso, para toda ocorrência envolvendo lesão corporal ou disparos de arma de fogo é instaurado um inquérito policial militar para apurar a ação dos agentes. “O resultado vai dizer se há indícios ou não de crime”, explica. Simultaneamente, a Delegacia de Homicídios também instaura um inquérito policial, sendo que ambos são encaminhados, após a conclusão, para o Ministério Público.


Reforço no policiamento


Ele adianta que o setor de inteligência da polícia está monitorando as movimentações, mas a mãe do rapaz garantiu que a intenção dela era apenas ser ouvida, o que já teria sido alcançado. “Então, a princípio, não terá mais movimentações, apenas se outras pessoas quiserem criar um movimento e causar alguma outra desordem”, aponta. Apesar disso, ele afirma que o policiamento segue reforçado em alguns pontos, principalmente no período da tarde.


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'Não foi confronto, foi execução' gritam manifestantes em meio ao fogo dos protestos em Londrina
A morte do jovem Gabriel Felipe Rodrigues Dalbello, de 22 anos, em um suposto confronto com a Polícia Militar na última sexta-feira (6),
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