A UBS (Unidade Básica de Saúde) da Vila Ricardo, na zona leste de Londrina, está de portas fechadas para uma reforma que deve durar pelo menos cinco meses. Com quase 550 m², a reforma da vai custar R$ 782.542,00 aos cofres públicos.
Inaugurada em 2012, a unidade não passou por reformas desde então, com relatos de usuários afirmando que as paredes estavam com rachaduras e com pisos soltos no chão. Alguns moradores da região também dizem estar sem saber o que fazer em relação aos serviços que eram prestados pela unidade.
A reportagem foi até a UBS Vila Ricardo na manhã desta quarta-feira (21) e pôde notar que a obra começou, já que era possível ouvir que partes da estrutura estavam sendo demolidas. Apesar disso, todo o terreno da unidade estava fechado. Da grade, também era visível a presença de caçambas para a retirada dos entulhos do espaço de saúde. A ordem de serviço foi assinada no dia 12 de maio.
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A unidade é referência para cerca de 7,5 mil pessoas que vivem em bairros como: Jardim Casarim, Damasco, Meton, Ouro Preto, Panorama, Rosa Branca, San Rafael, Sérgio Antonio, Taliana 1 e 2, Vila Ricardo, Parque Taúna, Vila Glória, Conjuntos Residenciais Carlos Moreira e Evaldina Silva, Rosa Branca e Assentamento São Rafael.
Enquanto a reportagem estava no local, uma moradora da região confirmou que a unidade estava desgastada, inclusive com rachaduras nas paredes da sala destinada aos atendimentos odontológicos.
De acordo com a prefeitura, no local estão previstos os serviços de pintura, troca de piso e revestimento, melhorias no telhado, instalação de piso tátil e calçadas, substituição de louças sanitárias, implantação de nova rede lógica e de instalações elétricas, nova iluminação e sinalização da unidade, implantação de guarda-corpo e corrimão, jardinagem na área externa, novos vidros e esquadrias metálicas, entre outros serviços. A expectativa é de que a reforma seja concluída em até cinco meses.
Pacientes
Enquanto a unidade permanece em obra, os moradores da região devem buscar atendimento nos postos de saúde do Jardim Ideal e da Vila Fraternidade. Nesta última, também na zona leste da cidade, funcionários da unidade relataram que o fluxo de pessoas aumentou cerca de 50% desde o início da reforma. Moradores do entorno também confirmaram que a unidade está mais movimentada do que antes, mas elogiaram a qualidade do serviço mesmo com a alta nos atendimentos.
Surlye Susan de Oliveira, 44, mora na Vila Ricardo, a cerca de uma quadra de distância do posto de saúde, e disse ser complicada a mudança de endereço, já que a mãe, de 70 anos, tem dificuldade de locomoção, é hipertensa e tem fibromialgia e, por conta dos problemas de saúde, sempre precisa ir até o posto de saúde. Nesta quarta-feira, ela foi até a unidade da Vila Fraternidade para pegar a receita dos medicamentos que a mãe toma, mas no início de junho tem uma consulta agendada no Jardim Ideal, onde a médica responsável pelo caso dela está atendendo.
“Ela utiliza andador porque ela não tem firmeza na perna para andar sozinha. Até o posto da Vila Ricardo, que é perto, ela já tem dificuldade, para ir para o Ideal vai ser mais complicado ainda”, adianta.
Apesar da distância, ela garante que o que mais a preocupa são as sessões de fisioterapia que a mãe fazia em grupo com uma profissional da UBS da Vila Ricardo, mas que estão suspensas desde então. Os atendimentos eram feitos em uma local próximo à unidade e até agora ela não teve mais informações se o serviço vai ou não continuar. Segundo a cuidadora, ela quer que a mãe siga com o tratamento, já que passou a andar melhor e até a sentar desde que começou a fazer as sessões. “A gente fica sem saber o que fazer”, lamenta.
Segundo a coordenadora da UBS da Vila Ricardo, Márcia Brenny, no decorrer dessa reforma as consultas médicas e com demais profissionais, acompanhamento pré-natal e de puericultura serão realizados nas UBSs do Ideal (Rua Ametista, 419) e Vila Fraternidade (Rua Santa Madalena, 89). “Para os demais atendimentos, como aplicação de vacina, curativos e fornecimento de medicamentos, os usuários podem procurar qualquer UBS
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Londrina e aguarda o retorno.
