A Prefeitura de Londrina e o Iscal (Irmandade da Santa Casa de Londrina) estão muito próximos de fechar o acordo de locação do antigo Hospital Mater Dei, localizado na Avenida Bandeirantes, esquina com a Rua Souza Naves, região central. A informação foi confirmada pela secretária municipal de Saúde, Vivian Feijó, na manhã desta quinta-feira (8). Se o processo for concretizado, vai representar a mudança da estrutura da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, na zona oeste, durante a reforma da unidade.
Diariamente, a UPA Sol é responsável por 700 a 750 atendimentos. Os valores da locação ainda estão sendo negociados, mas devem ficar próximos à R$ 90 mil por mês. Em nota, a Iscal também enfatizou que “está realmente quase tudo acertado, faltando somente a realização dos trâmites contratuais”.
Apesar disso, Feijó ponderou que o martelo ainda não foi batido e que a negociação continua, sendo que diversos ajustes já foram feitos até agora. “Há uma pendência documental que está sendo negociada junto à Santa Casa, mas se apresenta muito positiva a situação”, explica.
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Nesse momento, de acordo com Feijó, o município aguarda um laudo de precificação, já que o contrato anterior não incluía o estacionamento da unidade. “Eu não vou mudar uma instituição pública para um local em que vai ser cobrado o estacionamento”, detalha. Por isso, o contrato foi refeito para abranger também as vagas de estacionamento.
Ainda sem prazos, segundo ela, a expectativa é de, em breve, anunciar a mudança da UPA do Sol para a estrutura do antigo hospital, que está desativado desde julho de 2023, quando os serviços do hospital foram transferidos para a Santa Casa. A negociação já havia sido iniciado em 2024, mas havia emperrado no final do ano.
LOCALIZAÇÃO
Em relação à localização, o Hospital Mater Dei fica a pelo menos seis quilômetros de distância da UPA do Sol. Sobre isso, Feijó garantiu que, para funcionar, uma unidade de saúde precisa de um espaço desenhado para atender minimamente as condições impostas pela Vigilância Sanitária, além de salas específicas, como de raio-x. “Não é qualquer lugar que abarca. Nós sabemos das dificuldades, vamos enfrentá-las, temos pensado sobre isso, mas do que jeito que está não dá para ficar”, afirma.
Feijó destaca que a UPA do Sol é um dos principais focos da pauta, assim como um ponto de discussão frequente, já que, na avaliação da pasta, apresenta uma condição decadente tanto para os trabalhadores quanto para os pacientes. Ela afirmou que revisou a proposta de contrato nesta quarta-feira (07) e que vai ser enviada para análise do prefeito, Tiago Amaral (PDT), e da PGM (Procuradoria Geral do Município).
OBRAS NA UPA SOL
Em relação à estrutura da UPA do Sol, a secretária pontua que a licitação atual contempla apenas a obra, como a fundação, sendo que as demais necessidades não foram abarcadas no contrato, fechado há cerca de sete meses com uma empresa vencedora da licitação. O objetivo, segundo ela, é reformar a unidade de maneira integral. Para isso, será lançada uma licitação complementar para contratar o restante dos serviços.
Ela garante que o plano de necessidades já foi finalizado, como pintura, troca de piso, de janelas, portas, climatização, entre outros, mas que ainda não há prazo definido para a publicação da licitação.
A UPA do Jardim do Sol foi inaugurada em 2015, sendo que com poucos meses de uso apresentou os primeiros problemas estruturais, com rachaduras que aumentam gradativamente desde então.
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