A 1ª Parada Cultural LGBT de Londrina será realizada neste final de semana. A expectativa dos organizadores é receber até 2 mil pessoas. Mais de 20 caravanas de cidades da região e de outros Estados, como São Paulo, confirmaram presença.
No sábado, a partir das 14h, o evento começa com uma série de palestras e mesas redondas sobre as áreas de direito, saúde e educação. As discussões ocorrerão no auditório do Instituto Kalima, na Avenida Ayrton Senna, 550, zona sul da cidade. Militantes LGBT e representantes da 17ª Regional de Saúde, da Secretaria Municipal da Saúde e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Londrina foram convidados para falar. O debate prossegue até às 17h30.
A espera é de um público bem maior no domingo, quando vai ocorrer uma passeata pela cidade. A concentração começará às 13h30, no Calçadão, próximo à Rua Pernambuco. A caminhada continuará pela Avenida Higienópolis até a rotatória com a JK, terminando no Zerão. Ao longo do trajeto, estão programadas apresentações artísticas de drag queens e DJs. O evento deve ser encerrado às 20h30.
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O tema desta primeira edição é 'LGBTfobia'. De acordo com a estudante Luana Cossentini, uma das organizadoras, apesar de o tema ser amplo, "é bem recorrente em Londrina. Esse tipo de crime ocorre a todo instante, mas não há punição severa".
A manifestação pública do domingo (3), que vai interditar parte do trânsito nas principais vias da região central, foi pensada em parceria com órgãos da prefeitura, como Guarda Municipal, Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e Secretaria Municipal do Ambiente. "Teremos segurança particular e o apoio da Polícia Militar, que fará a escolta", disse Luana.
De acordo com a organização, há receio de possíveis represálias de movimentos contrários à causa LGBT. "Se isso acontecer, vamos protestar de um jeito diferente. A ideia é promover um beijaço ou abraço coletivo. Queremos mostrar que o amor sempre deve falar mais alto", afirmou.
Ela reiterou que, após uma reunião com o prefeito Marcelo Belinati (PP), ficou acordado que não haveria como o movimento receber dinheiro público "por conta da delicada situação financeira". Porém, Luana Cossentini assegurou que "este é um direito de toda a comunidade, não só da parte LGBT. Nós pagamos impostos e podemos ter esses bens revertidos."