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Boletim da Defesa Civil

Temporais voltam a fazer estragos e provocar alagamentos em Londrina no fim de semana

Micaela Orikasa - Grupo Folha de Londrina
31 out 2022 às 12:49

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- Micaela Orikasa/Grupo Folha de Londrina
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O tempo instável que atinge Londrina e região desde o sábado (29), vem provocando uma série de estragos, especialmente na zona rural. Ao todo, foram registradas 66 ocorrências pela Defesa Civil até às 11h30 desta segunda-feira (31), causadas pelas fortes chuvas e rajadas de vento que chegaram a 79 km/h, na noite de domingo (30).


No distrito de São Luiz (zona sul), casas e comércios foram destelhados e houve queda de árvores e postes de energia elétrica. Uma torre de transmissão de aproximadamente 63 metros caiu sobre o CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) João Rampazzo, que suspendeu as atividades nesta segunda.  

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Duas salas de aula foram atingidas, sendo que uma delas ficou totalmente destruída, segundo a coordenadora do CMEI, Viviane Acrane. “Tivemos também muitos danos materiais. Perdemos brinquedos, televisão, impressoras, material pedagógico, entre outros”, diz. A Defesa Civil de Londrina e o engenheiro da secretaria de Educação de Londrina estiveram no local nesta manhã realizando vistoriais. “A torre terá que ser removida, mas isso demandará um guindaste. Após essa remoção é que vamos saber se há algum outro comprometimento da estrutura”, comenta.

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Na terça-feira (1º), as turmas de P4 e P5 serão atendidas na Escola Municipal Francisco Aquino Toledo.  Já para os atendimentos das crianças de dois e três anos, a coordenação do CMEI disse que ainda está se organizando para a retomada. Ao todo, a instituição possui 58 alunos.  


Destelhamento

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Na rua Graciano Batista Lima, o vendaval no início da noite de domingo, causou o destelhamento do quarto e da sala onde vive Irenice Inácio da Costa, 64. “Foi questão de segundos. Estávamos na sala e escutamos um barulho muito forte. O vento já veio descobrindo tudo, levando telhado, forro. Perdi duas cômodas, o guarda-roupa, o sofá e algumas roupas. Eu e meu marido colocamos lona e estamos tentando ajeitar o que é possível, mas qualquer vento que dá a gente fica com medo agora”, conta. 


Outro morador conta que a comunidade está unida para tentar reparar os danos o mais rápido possível. “Montamos um grupo para arrecadar doações para as famílias mais atingidas. Precisamos de telhas, materiais de construção, colchão, roupas, alimentos, o que for possível”, diz Luan Tadeu de Aguiar.  

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Moradores ilhados


Em Londrina, as chuvas desta madrugada e manhã de segunda, causaram alagamento na rua Joaquim de Matos Barreto, na zona sul de Londrina. A água chegou a inundar um veículo estacionado na via.  Segundo a meteorologista do IDRP-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), Heverly Morais, da 0h até às 9h de hoje, choveu 55.4 mm em toda a cidade. 


No dia 18 de outubro, os moradores já tiveram as casas invadidas pela lama, após o forte temporal. Nesta manhã, eles estavam “ilhados” pela água da chuva que chegou a encobrir parte do aterro do Lago Igapó.  


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