O pedido de abertura de crédito especial de R$ 2,8 milhões para comprar o terreno que será doado à Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), encaminhado pelo prefeito Nedson Micheleti (PT) à Câmara de Londrina ontem, não estipula nenhuma contrapartida por parte da instituição ao município. Não há artigo expresso no projeto de lei determinando algum benefício social, como bolsas de estudo para alunos carentes. O terreno de 12 alqueires pertencente ao Jóquei Clube, na zona oeste da cidade, será desapropriado pela prefeitura, que depois doará nove alqueires para PUC construir um campus universitário em Londrina.
Um dos artigos do projeto determina apenas que a universidade terá que iniciar as obras no primeiro ano após a doação. A PUC, conforme o projeto, perderá o terreno se dentro de três anos não investir no local o valor correspondente à doação. Para o prefeito, o nome da PUC é suficiente para confiar que a instituição realize obras sociais no município e reserve bolsas de estudo para carentes. O dinheiro público para incentivar uma instituição de ensino privado, na opinião de Nedson, é um investimento a médio e longo prazos na consolidação do município como um pólo educacional e tecnológico.
Os cinco cursos programados para o ano que vem são secretariado executivo, direito, ciências contábeis, ciências da informática e administração de empresas. O reitor da PUC informou que a média das mensalidades ficará em torno de R$ 300,00, com alguns cursos mais caros e outros mais baratos.
* Leia mais em reportagem de Maranúbia Barbosa na Folha de Londrina/Folha do Paraná desta quarta-feira