Dezoito de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Dezesseis municípios do Paraná farão manifestações públicas ao longo de todo a sexta-feira para lembrar à sociedade deste grave problema, que ganha contornos ainda mais dramáticos porque o agressor é, na maioria das vezes, muito próximo à vítima.
Em Londrina, o programa Sentinela irá realizar uma série de atividades no Calçadão. Crianças que integram projetos sociais da Prefeitura realizarão apresentações musicais.
Segundo a coordenadora do Sentinela, Télcia Lamônica de Azevedo Oliveira, a ação foi planejada com o objetivo de chamar a atenção da população para a importância de se combater e denunciar a violência sexual contra crianças e adolescentes. Para isso, nos intervalos entre uma apresentação e outra, haverá esclarecimentos sobre as situações de abuso e a população será orientada sobre como identificá-las e denunciá-las.
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Em uma barraca montada no local, a equipe do Sentinela também fará a distribuição de folders e panfletos informativos sobra o tema. O mesmo será feito por meio de painéis dos conselhos tutelares e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
Para garantir a alegria das crianças, o Serviço Social do Comércio (Sesc) vai montar no local, camas elásticas, oferecer cortes de cabelo gratuitos e outros serviços de beleza.
60% dos casos de violência contra crianças ocorrem dentro de casa
Confusão, medo, vergonha. Estes são alguns dos sentimentos vivenciados pelas crianças vítimas do abuso sexual. Em média, nada menos do que seis entre dez casos de violência sexual acontecem dentro da própria residência da pessoa agredida. Esse revés doméstico é exposto numa pesquisa do Hospital Pequeno Príncipe, instituição responsável pelo atendimento de crianças e adolescentes que sofreram maus-tratos em Curitiba e na região metropolitana. Das 243 crianças atendidas no ano passado, 164 (67%) eram meninas e 79, meninos. Do total, 66% foram alvo de violência sexual e 58% passaram pela experiência dentro de casa. O pai é o principal agressor, em 14% dos casos, ao lado dos vizinhos. Em seguida, aparecem os padrastos (10%). Somadas, as agressões do pai, mãe, padrasto, madrasta, irmãos, tios, primos, avós e babás também chegam a 58% das ocorrências. (Com informações do Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina