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Nesta terça

Argentina reforça segurança para visita de Obama após atentados na Bélgica

Agência Brasil
22 mar 2016 às 17:38

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A Argentina reforçou nesta terça-feira (22) as medidas de segurança para a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que chega a Buenos Aires no fim da noite. O anúncio foi feito pelo governo argentino horas depois da notícia dos dois atentados que mataram mais de trinta pessoas na Bélgica.

Obama chegará a Buenos Aires depois de concluir a histórica visita a Cuba e será acompanhado por 400 empresários. Antes da visita – que coincide com o aniversario de 40 anos do golpe militar argentino – Obama prometeu abrir os arquivos norte-americanos sobre a ditadura argentina (1976-1983), alguns dos quais só seriam divulgados daqui a dez anos.

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Para o presidente da Argentina, Mauricio Macri, que acaba de completar cem dias no governo, a vinda de Obama é um sinal de que o país está "saindo do isolamento", numa crítica à política externa se sua antecessora, Cristina Kirchner. O último presidente norte-americano a visitar a Argentina para um encontro bilateral foi Bill Clinton, há dezenove anos.

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Em 2005, George W. Bush esteve em território argentino para participar de uma reunião de líderes dos países do continente americano – com exceção de Cuba. Bush foi recebido por protestos nas ruas contrários à proposta apresentada por ele de criar uma Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).

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"Acho que o gesto da visita do presidente Obama é muito importante para nós porque mostra o interesse, a prioridade do governo dos Estados Unidos na gestão do presidente Macri", disse a ministra das Relações Exteriores argentina, Susana Malcorra.


"A data me surpreendeu. Eu pensava que ele viria mais tarde, o que demonstra que houve muito boa predisposição por parte da administração [norte-americana]. Vocês sabem que a Casa Branca não organiza essas viagens de forma repentina", acrescentou.

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Antes de embarcar para Cuba, Obama disse, em entrevista a um canal de televisão, que manteve uma relação "cordial" com Cristina Kirchner, mas que as politicas dela "eram sempre anti-norte-americanas" e que ela empregava uma "retórica dos anos 60 e 70". Com Macri, Obama acredita que as relações serão diferentes, porque o novo presidente "reconhece que estamos numa nova era e precisamos olhar para frente", segundo o norte-americano.


Desde que assumiu, Macri reduziu impostos sobre as exportações de grãos e carne, eliminou os controles cambiais em vigor desde 2011, e começou a negociar com os chamados "fundos abutres" – que compraram títulos da dívida argentina a preços baixos, depois do calote de 2001, e entraram na Justiça para cobrar o valor total, sem descontos.

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Os fundos ganharam a causa, num tribunal de Nova York e, apesar de representarem uma minoria dos credores (1%), conseguiram impedir que a Argentina pague a grande maioria (93%) dos detentores de títulos da dívida, que aderiram às propostas de renegociação. Um juiz de Nova York bloqueou o dinheiro argentino para obrigar o país a cumprir a sentença.


Para Macri – que assumiu o governo numa conjuntura internacional menos favorável, com o principal parceiro comercial (Brasil) em crise e os preços das commodities em baixa – a visita de Obama e dos 400 empresários norte-americanos chega num momento em que a Argentina precisa atrair investimentos estrangeiros. Na agenda, também está previsto que os dois presidentes conversem sobre o combate ao narcotráfico e ao terrorismo.

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Vizinhos


A situação dos países da América Latina também será tratada entre Obama e Macri. Ambos apoiam o processo de paz na Colômbia, para acabar com meio século de uma guerra envolvendo o Exército, a guerrilha e grupos paramilitares.

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Macri, ao contrário de Cristina Kirchner, tem criticado a prisão de políticos oposicionistas na Venezuela, que ele considera uma violação dos direitos humanos por parte do governo de Nicolás Maduro. O argentino chegou a pedir que a Venezuela seja suspensa do Mercosul, mas não recebeu apoio dos demais presidentes do bloco.


A crise no Brasil também preocupa muito a Argentina, segundo a chanceler Susana Malcorra, que espera uma resolução "rápida" e "de acordo com as instituições democráticas" para o bem do país e do continente. O Brasil é responsável por 40% do comércio exterior da Argentina.


Direitos humanos

A previsão inicial era que Obama ficasse dois dias em Buenos Aires: 23 e 24 de marco. No entanto, diante da reação negativa dos organismos de direitos humanos, os dois governos acharam mais prudente mudar a agenda. No dia 24 – data em que haverá manifestações em homenagem as vítimas do regime militar argentino – Obama estará no sul da Argentina, em Bariloche.


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