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Atribuído ao Boko Haram

Atentado suicida praticado por duas meninas em Camarões deixa nove mortos

Agência Brasil
10 fev 2016 às 16:05

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Nove pessoas morreram nesta quarta-feira (10), na República dos Camarões, em um atentado suicida cometido por duas meninas com cerca de 13 anos, supostamente recrutadas pelo grupo extremista nigeriano Boko Haram, segundo fontes locais citadas pela agência Efe.

As duas meninas detonaram explosivos que levavam presos ao corpo durante um funeral na localidade de Nguetchéwé, explicou o porta-voz de um grupo de patrulha local. Além dos nove mortos (incluindo as duas meninas), cerca de 20 pessoas ficaram feridas, disseram as mesmas fontes.

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A autoria do atentado ainda não foi reivindicada, mas a região é atacada com frequência por jihadistas nigerianos do Boko Haram. O país já registrou cerca de 30 ataques terroristas desde o início do ano, praticados pela organização, em que morreram 30 pessoas.

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No dia 1º de fevereiro, representantes da comunidade internacional, reunidos na sede da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia, para uma conferência de doadores, prometeram US$ 250 milhões com o objetivo de combater o movimento radical.

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"Dispomos de mais ou menos US$ 250 milhões" para financiar a Força de Intervenção Conjunta Multinacional, que combate o Boko Haram na Bacia do Lago Chade, anunciou naquele dia Smail Chergui, comissário para a Paz e Segurança da União Africana.


Chergui acrescentou que a Nigéria contribuiu com US$ 110 milhões, a União Europeia com US$ 50 milhões, o Reino Unido com US$ 8 milhões, a Suíça com 4 milhões de francos suíços, e a Comunidade de Estados do Sahel Saara com US$ 1,5 milhão.

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O chefe de Estado do Chade, Idriss Déby, novo presidente em exercício da União Africana, disse esperar que as promessas de contribuições sejam "honradas urgentemente para mostrar o firme empenho na luta contra o terrorismo".


Para combater o Boko Haram, os quatro países às margens do Lago Chade – Nigéria, Camarões, Chade e Níger – e o Benim criaram a força conjunta, que integra 8.700 militares, policiais e civis.


Para Chergui, a força tem feito "um trabalho notável" e "o Boko Haram já não ocupa o território como antes: está escondido na floresta", de onde sai para fazer os atentados terroristas. "Foram obtidos grandes resultados e devemos consolidar o adquirido", afirmou.

O Boko Haram, que jurou lealdade ao grupo radical Estado Islâmico, já deixou mais de 17 mil mortos e 2,6 milhões de deslocados na Nigéria, desde que iniciou a sua revolta, em 2009.


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