Aviões militares dos Estados Unidos começaram a aterrissar no aeroporto de Bagdá, na noite deste domingo em Bagdá (horário local, à tarde no horário de Brasília), de acordo com o correspondente da CNN Walter Rodgers, a fim de demonstrar seu controle sobre o local que os iraquianos insistem ainda estar em suas mãos.
Rodgers, que acompanha tropas norte-americanas na periferia de Bagdá, relatou que a coalizão contou com a escuridão da noite para evitar o fogo de baterias antiaéreas iraquianas ainda operando perto do aeroporto.
Os militares norte-americanos pretendiam trazer um C-17 Globemaster e dois aviões de transporte C-130 Hercules para o aeroporto, que as forças da coalizão anunciaram ter tomado na sexta-feira passada.
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Os fuzileiros e soldados norte-americanos controlam todas as rodovias em torno da capital iraquiana, segundo autoridades militares.
Em Washington, o general Peter Pace, vice-chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, evitou confirmar se as tropas da coalizão haviam cercado Bagdá.
"É um grande perímetro", respondeu Pace na tarde deste domingo, em entrevista ao programa Late Edition, da CNN.
"Não quero que os telespectadores pensem que há um soldado a cada três metros. Nós controlamos as rodovias da cidade e temos a capacidade de interditar, parar e atacar as tropas iraquianas que tentarem escapar ou investir contra nossas forças".
Pace disse que a coalizão quer sinalizar aos iraquianos "que a força que chegou à porta deles é significativa e capaz".
"Nós preferimos que os líderes das Forças Armadas iraquianas tomem uma atitude honrosa – parem de lutar para um regime que não merece sua lealdade", afirmou.
"Rendam suas forças e dêem a si próprios e às suas tropas a oportunidade de fazer parte do futuro do Iraque e não do passado".
Pace havia declarado neste domingo ao programa "This Week", da ABC, que as forças da coalizão estão levando de avião "cidadãos iraquianos que querem lutar por um Iraque livre", para o norte e o sul do país, em preparação para a derrota final das tropas iraquianas e do regime de Saddam Hussein.
"Esses são cidadãos iraquianos que se tornarão o cerne do novo Exército iraquiano quando o Iraque for libertado", previu. "Eles são patriotas".