Equipes de bombeiros de toda a Europa estão envolvidos nos esforços de combate aos incêndios florestais que já mataram pelo menos 63 pessoas na Grécia nos últimos dias. Cerca de 27 vilarejos foram totalmente abandonados e muitas partes da Península do Peloponeso ainda sofrem com os incêndios.
Diversos países da União Européia enviaram bombeiros, aviões e helicópteros para ajudar a combater as chamas.
A União Européia afirmou que esta é a maior oferta de assistência em caso de emergência já oferecida a um país membro do bloco.
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Equipes de resgate retiraram moradores de vilarejos do Peloponeso porque os incêndios estavam ameaçando a região. Mas, desde segunda-feira (27), nenhum novo caso de mortos ou feridos foi registrado.
"Os incêndios ainda estão fora de controle. No momento, não existe ameaça aos vilarejos, mas é impossível prever a direção do vento", disse um porta-voz dos serviços de bombeiros à agência de notícias AFP.
Emergência - No fim de semana, o governo declarou estado de emergência com o surgimento de novos incêndios alimentados por ventos fortes e quentes.
Na segunda-feira, moradores aterrorizados de Frixa, no oeste do Peloponeso, foram levados para locais seguros por helicópteros depois de ficarem isolados devido aos incêndios e à fumaça.
Restos de carros carbonizados são um testamento da tentativa dos moradores de escapar das chamas do que foi chamado de "comboio da morte".
Em um dos carros, uma mulher e seus quatro filhos foram queimados vivos quando tentavam escapar do incêndio. Se ela tivesse ficado em casa, teria se salvado porque as chamas não atingiram o local onde a família morava.
Os vilarejos mais remotos da região ficaram isolados pelos incêndios, o que pode elevar ainda mais o número de mortos.
Eleições - Analistas afirmam que os incêndios serão o principal tema do debate político, às vésperas das eleições gerais marcadas para 16 de setembro.
O primeiro-ministro da Grécia, Costas Karamanlis, disse que as eleições serão realizadas conforme o planejado, mas que a prioridade são as vítimas. "Estamos dando prosseguimento a uma luta determinada contra os incêndios", disse o primeiro-ministro.
A investigação sobre as causas dos incêndios já começou, e o governo da Grécia ofereceu recompensas de até 1 milhão de euros (cerca de R$ 2,6 milhões) para quem ajudar na captura de incendiários.
Na segunda-feira, centenas de pessoas participaram de um protesto na capital, Atenas. Parte dos manifestantes afirmava acreditar que os incêndios foram provocados deliberadamente como forma de burlar leis gregas que proíbem construções em áreas designadas como florestais.