O número de homicídios entre jovens caiu 5,2% em 2004 em relação ao ano anterior. O coordenador da pesquisa realizada pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), Júlio Jacobo Waiselfisz, credita a queda à política de desarmamento adotada no Brasil. O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de número de homicídios entre jovens.
Os dados da pesquisa envolvem o período de 1994 a 2004, período em que o número total de homicídios passou de 32.603 para 48.374, o que representa um aumento de 48,4%, superior ao crescimento da população, que foi de 16,5% no período. O número de homicídios estava em crescimento até o ano de 2003, em torno de 5,1% ao ano.
Os Estados de Pernambuco, Espírito Santo e Rio de Janeiro são os que apresentaram as maiores taxas de homicídio totais e juvenis no ano de 2004. São Paulo ocupa a 10ª posição no ranking. Considerando apenas os jovens, Rio lidera a lista tanto em 1994 como em 2004.
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Recife é a capital com maior ocorrência, seguida por Vitória e Recife. Nas grandes regiões metropolitanas, as taxas juvenis cresceram até o ano 2000, estagnaram até 2003 e apresentaram queda em 2004.
Acidentes de transporte são responsáveis por mais de 17,1% dos óbitos juvenis, e suicídios, por mais de 3,6%. Em conjunto, essas três causas são responsáveis por quase 2/3 (60,4%) das mortes dos jovens brasileiros.
Entre 84 países do mundo, com a taxa total de 27 homicídios em 100 mil habitantes, o Brasil ocupa a 4ª posição no ranking, com taxas melhores que a Colômbia e semelhantes às da Rússia e Venezuela.
As taxas de homicídio no Brasil são 30 ou 40 vezes superiores às taxas de países como Inglaterra, França, Alemanha, Áustria, Japão ou Egito. Entre a população juvenil os índices brasileiros são 100 vezes superiores a Áustria, Japão, Egito ou Luxemburgo.