O mercado global movimenta anualmente cerca de US$ 70 bilhões em alimentos funcionais (como frutas e verduras) e nutracêuticos (cápsulas e vitaminas). Para o ano 2010, a previsão é que sejam movimentados US$ 500 bilhões.
Os Estados Unidos são os que mais investem na pesquisa deste tipo de alimento, que tem como meta a prevenção de doenças. Eles são responsáveis pela movimentação de 18% do total mundial. Os países da Europa movimentam 17,6% e o Japão, 16,8%. Os produtos mais comercializados são os esteróides vegetais, os probióticos e o óleo de peixe.
No Brasil, a pesquisa ainda está em fase inicial. Em São Paulo e Minas Gerais ocorrem as pesquisas mais aprofundadas sobre o tema. Dos 1,2 mil resumos de pesquisas de alimentos realizadas no ano passado, 4,7% tinham ligação com os funcionais ou nutracêuticos. A pesquisadora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Lys Mary Bileski Cândido, acredita que falte incentivo para que os trabalhos sejam aprofundados no Paraná.
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Existem no Estado trabalhos isolados na UFPR, na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e na Universidade Estadual de Londrina (UEL). ''Existem esforços isolados no Paraná. Queremos articular as pesquisas e direcioná-las para termos melhores resultados'', concordou Antoninho Caron, diretor-geral da Secretaria de Estado do Planejamento.
Em Londrina, pesquisadores estão avançando no conhecimento das propriedades da soja que possui isoflavonas (esteróides vegetais). O alimento compete com a formação dos tipos de câncer provocados pela atividade hormonal, como é o caso do câncer de mama. A cenoura, a laranja e o tomate possuem carotenóides, que têm propriedades preventivas contra o câncer.
Os financiamentos no Paraná para esse tipo de pesquisa poderiam ser conseguidos através da Fundação Araucária, que tem como meta ser uma agência de fomento. O workshop sobre o assunto começou neste domingo, no Hotel Rochelle, em Curitiba e termina nesta segunda-feira.
*Leia mais na edição desta terça-feira da Folha de Londrina
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