Brasília - O Brasil foi eleito pela nova vez para assumir uma das dez vagas como membro rotativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e assume seu posto em 1º de janeiro de 2004 junto a outros quatro países: Argélia, Filipinas, Benin e Romênia. De acordo com o embaixador brasileiro para a ONU, Ronaldo Sardemberg, essa será uma oportunidade concreta para que o Brasil lute pelo fortalecimento do multilaralismo.
Ele afirmou que o Brasil continuará obedecendo as linhas básicas da política do presidente Lula. "Procuraremos aprofundá-las para favorecer a participação de muitos países nas decisões que se referem ao direito internacional, de maneira que nós possamos ter resultados que sejam consensuais e que tenham legitimidade", afirma.
O Conselho de Segurança tem quinze membros. Cinco são permanentes - Estados Unidos, China, França, Grã-Bretanha e Rússia – e têm direito de veto. Os outros dez são eleitos pela Assembléia-Geral da ONU para cumprirem mandatos rotativos de dois anos. As vagas são renovadas todo ano, de cinco em cinco países.
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Segundo regras das Nações Unidas, as vagas rotativas do Conselho são preenchidas da seguinte forma: duas para o Grupo da América Latina e Caribe, três para o Grupo Africano, duas para o Grupo da Europa Ocidental, duas para o Grupo Asiático e uma para o Grupo do Leste Europeu. Os membros devem, acima de tudo, contribuir para a manutenção da paz e da segurança internacionais.
O Brasil, único candidato latino-americano, recebeu apoio do Grupo de Países Latino-americanos e Caribenhos da ONU (Grulac). O resultado da votação, que saiu hoje, já era conhecido há meses pois nenhum dos cinco países eleitos tinha concorrentes. O Grulac se organiza todos os anos de forma que haja um consenso entre as nações em relação ao país da América Latina que deve ocupar o posto.