A Justiça britânica condenou nesta sexta-feira (20) a 33 meses de prisão a brasileira Roselane Driza, considerada culpada por tentar extorquir uma juíza de imigração britânica e de roubar vídeos que mostram um outro magistrado mantendo relações sexuais com a juíza.
A brasileira de 37 anos, que vivia na Grã-Bretanha ilegalmente, trabalhou como faxineira na casa da juíza - cuja identidade não foi divulgada -, a quem tentou chantagear depois de ser demitida.
As duas mulheres foram amantes de outro juíz da imigração, Ilyas Khan, de 60 anos, para quem Roselane também trabalhou. Há um mês, o caso ganhou as capas dos principais jornais do país.
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Chantagem - A justiça entendeu que, depois de ser demitida pelos dois magistrados, a brasileira roubou um vídeo em que a juíza aparece mantendo relações sexuais com Khan. Um outro vídeo de conteúdo erótico da juíza também estava em poder da ex-faxineira.
Os dois juízes disseram que Roselane tentou usar o material para fazer chantagem - mas a Justiça britânica inocentou-a desta acusação. A condenação de extorção foi por Roselane ter pedido dinheiro para não contar aos superiores da juíza de imigração que havia trabalhado para ela em condições ilegais.
Depois da condenação, o magistrado que analisou o caso disse que ela deveria esperar uma pena "substancial" de prisão. Mas os advogados da brasileira disseram que o caso "de maneira alguma" estava encerrado, e que eles recorreriam da decisão.
A conduta disciplinar dos dois juízes de imigração envolvidos na história está sendo avaliada pelo Departamento de Assuntos Constitucionais da Grã-Bretanha.