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No Líbano

Brasileiro acusado de adulterar passaporte é libertado

Redação Bonde
22 fev 2008 às 11:28

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O pediatra brasileiro Mohamad Kassen Omais, 45 anos, foi solto nesta sexta-feira (22) no Líbano depois de sete dias na prisão. O médico havia sido acusado de ‘adulteração de seu passaporte libanês’ e estava sendo investigado por uma possível relação com atividades terroristas.

Em conversa com a BBC Brasil, Omais disse estar aliviado pelo fim do que chamou de "pesadelo".

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"Agora tudo o que quero é voltar ao Brasil e continuar com minha vida e meu trabalho", disse o brasileiro.

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"Nestes setes dias só pensava na minha família e em como a situação devia estar fazendo um mal grande para eles", completou ele.

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Segundo o cônsul-geral do Brasil em Beirute, Michael Gepp, o juiz libanês que cuidava do seu caso entendeu que Omais era inocente da acusação por adulteração de passaporte e que teria sido vítima de má fé de um primo, Zuheir Omais.


O primo teria usado o passaporte do médico para viagens à Síria que, segundo fontes das forças de segurança libanesas, estariam relacionadas com atividades terroristas. Segundo a polícia libanesa, Zuheir está sendo procurado e estaria foragido no Brasil.

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A mulher de Omais, Gisele do Couto Oliveira, disse que recebeu a notícia da liberação de seu marido com muita felicidade.


"Nossos três filhos ficaram muito felizes, eles já sentiam muito a falta do pai", disse ela.

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"Eu sabia que tudo não passava de um mal entendido. Sempre acreditei na inocência do meu marido", completou ela.


Omais foi preso quando desembarcava, juntamente com a mulher, no aeroporto de Beirute, no dia 15 de fevereiro.

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O caso de Omais chegou a envolver o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que conversou na quinta-feira com o ministro da Justiça do Líbano, Charles Rizk, e pediu sua intervenção no caso.


Gepp disse à BBC Brasil que a libertação teria sido "uma grande vitória de Celso Amorim em Buenos Aires".

BBC Brasil


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