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Acompanhante sexual

Brasileiro é testemunha em caso de príncipe investigado

BBC Brasil
07 out 2010 às 11:51

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Imagem de circuito interno de TV mostrou agressão no elevador - Reprodução/BBC Brasil
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Um acompanhante brasileiro foi convocado como testemunha no processo contra o príncipe saudita Saud Abdulaziz bin Nasser al Saud, acusado de assassinar um serviçal em um hotel de Londres em fevereiro.

Pablo Silva, de 31 anos, confirmou ter visitado o príncipe em seu hotel poucos dias antes do assassinato de Bandar Abdulaziz, de 32 anos, supostamente ocorrido durante um "ataque feroz com um elemento sexual".

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O príncipe, de 34 anos, admitiu ter causado a morte de seu funcionário, mas negou a intenção e também as acusações de agressão contra ele.

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Imagens de uma câmera de circuito interno do Landmark Hotel, no bairro de Marylebone, mostram Al Saud agredindo Abdulaziz dentro do elevador.

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O advogado do príncipe, John Kelsey-Fry, negou as sugestões de que Al Saud e Abdulaziz matinha um relacionamento gay.


Elemento sexual

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Os promotores do caso dizem que dois acompanhantes visitaram o príncipe no hotel poucos dias antes do assassinato, no dia 15 de fevereiro.


O brasileiro Pablo Silva disse que foi chamado pelo príncipe ao seu hotel cinco estrelas por meio de sites na internet nos quais oferecia seus serviços.

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Em seu testemunho à Justiça, feito em português e com a ajuda de um intérprete, Silva disse não poder identificar se o homem a quem atendeu era realmente o príncipe.


Ele também disse não se lembrar com exatidão se houve algum elemento sexual no encontro com o príncipe, mas afirmou que provavelmente teria havido.

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Silva disse ter sido pago com notas novas de 50 libras.


Doutorado

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O brasileiro disse fazer um doutorado em matemática em Portugal, mas afirmou que visitava Londres para aprender inglês e aproveitava para trabalhar como acompanhante para pagar a estada.


Ele afirmou ter sido recebido por um homem "muito gentil", que "não era inglês", mas disse que não saberia dizer seu exato tom de pele.

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"Acredito que ele estava sozinho. Fiz algumas perguntas superficiais sobre Londres e se ele gostava de Londres, mas não lembro muito de nossa conversa", disse Pablo, segundo a imprensa britânica.


"Eu perguntei se ele queria uma massagem e pedi a ele que tirasse um pouco de roupa para que eu pudesse fazer a massagem", disse. "Geralmente eu também tiro minha camisa ou minhas calças para provocar um pouco mais meu cliente", explicou.

O número de telefone do brasileiro estava em uma lista encontrada pela polícia no quarto de hotel do príncipe saudita.


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