A Caixa Econômica Federal arrecadou R$ 716,920 com o leilão de 665 quilates de diamantes em estado bruto de propriedade dos índios Cinta-Larga, de Rondônia, realizado nesta capital.
O gerente nacional de Microfinanças da Caixa, Paulo Lima, disse à Agência Brasil que os 57 lotes ofertados foram vendidos.
Cerca de 40 compradores cadastrados participaram efetivamente do leilão, entre particulares com interesse na compra das pedras, comerciantes e negociantes de diamantes do mercado internacional.
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A operação atraiu também a curiosidade de muitos leigos. Cerca de 100 pessoas compareceram ao auditório do Teatro Nelson Rodrigues, para assistir ao pregão.
Paulo Lima revelou que após ser efetuada a dedução dos custos da operação e dos impostos, o valor líquido apurado será encaminhado aos índios Cinta-Larga. A pedra mais cara, com 28,4 quilates, foi arrematada por R$ 257 mil. O lote de valor mínimo, estimado em R$ 100,00, também obteve ágio expressivo, arrematado por R$ 700,00.
Esse foi o primeiro leilão realizado pela instituição com produto arrecadado a partir de Medida Provisória. A Caixa costuma realizar leilões de jóias que são depositadas em seu departamento de Penhor e deixam de ser resgatadas por seus titulares.
Os diamantes foram alvo de disputa entre os índios e garimpeiros em março do ano passado, na reserva indígena Roosevelt, localizada em Rondônia. Os diamantes vendidos receberão o Certificado de Kimberley, do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), exigido internacionalmente para negociação com essas pedras preciosas.