O governo da região Toscana causou polêmica na Itália ao lançar uma campanha com uma foto fora de foco de um bebê recém-nascido que tem na mão esquerda uma pulseira com a palavra homossexual ao invés do nome e a frase "Orientação sexual não é uma escolha". Lideranças gays apóiam a iniciativa, mas políticos da direita italiana descreveram a campanha como fascista.
"Queremos combater a discriminação contra gays, lésbicas e transexuais, dizendo que a origem da homossexualidade, seja ela genética ou social, não é uma escolha", afirmou Alessio de Giorgi, conselheiro da Região Toscana Contra a Discriminação Sexual, em entrevista à BBC Brasil.
Regime fascista
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Contrário ao material publicitário, o senador Massimo Polledri, da Liga Norte (partido da extrema-direita), pediu que a região Toscana retire imediatamente todo o material de comunicação, que considera uma propaganda semelhante a adotada pelo regime fascista.
"Usar recém-nascidos para passar a idéia de que o homossexualismo é uma característica nata dos bebês é um ato vergonhoso", disse o deputado Luca Volonté.
Mancuso, no entanto, defende que toda a Itália siga o exemplo da Toscana em suas campanhas de comunicação.
Patrocínio
Lançado na terça-feira (23), o material publicitário conta com o patrocínio do Ministério para Oportunidades Iguais. Os cartazes serão colocado em muros das cidades toscanas, em locais públicos e em frente às escolas.
Segundo Agostino Fragai, assessor para os Direitos dos Cidadãos da Região da Toscana, trata-se de "uma campanha limpa que respeita a privacidade e o bom gosto". Ele explicou que o cartaz com a imagem do recém-nascido foi criado pela fundação canadense contra a discriminação de gênero Emergence, que cedeu gratuitamente os direitos para a região da Toscana.