Após os atentados assumidos pelo Estado Islâmico em Paris e a pouco mais de um ano das eleições presidenciais nos Estados Unidos, democratas e republicanos defenderam no fim de semana mais ações do governo Barack Obama para neutralizar a organização e proteger o país – apontado como um dos principais alvos.
Na oposição, os republicanos criticaram a administração Obama. O pré-candidato Jeb Bush, irmão do ex-presidente George W. Bush, disse que os Estados Unidos deveriam assumir a liderança da guerra com o Estado Islâmico.
"A administração de Obama não agiu no sentido de impedir que o Estado Islâmico se fortalecesse, mas nós devemos declarar guerra e aproveitar todo o poder diplomático e militar que temos. Nós temos essa capacidade, só não estamos mostrando vontade de fazer isso", afirmou nesse domingo (15) em entrevista coletiva.
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Outro republicano que aparece entre os principais nomes nas pesquisas de intenção de voto do eleitorado conservador, o médico Ben Carson respondeu a questões sobre o que faria se fosse presidente atualmente para combater a organização.
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"Temos que reconhecer: o grupo é diferente de tudo o que vimos antes e ameaça a nossa existência". E defendeu: "Mas os Estados Unidos devem usar toda a sua capacidade para eliminá-los".
A ex-secretária de estado Hillary Clinton foi mais comedida e manteve o discurso alinhado ao de Barack Obama. Ela disse que os atentados são um "lembrete sobre os desafios e a importância do país", acrescentando, no entanto, que a luta deve ser mundial.
Segundo Hillary, o país não pode lutar sozinho. "Não podemos e não devemos fazer isso", afirmou em uma reunião em Iowa. As declarações comedidas de Clinton lhe custaram críticas na imprensa. A rede CNN disse que ela "falhou em não deixar uma mensagem clara" e o Washington Post comentou que ela "perdeu pontos" ao não se posicionar.
Em campanha, os presidenciáveis tentam se fortalecer junto ao eleitorado para conquistar a vaga de candidato nas primárias do primeiro semestre do ano que vem.
Além da repercussão na campanha, a população acompanhou a história da estudante californiana Nohemi Gonzalez, 23 anos, a primeira norte-americana reconhecida entre as vítimas dos atentados. Ela estava em Paris em um programa de intercâmbio e havia sido selecionada com uma bolsa de estudos.
Internamente, a Agência de Inteligência norte-americana, o FBI, já se articula para aumentar as ações de segurança. A imprensa do país informou que uma reunião de emergência foi feita no fim de semana e definiu novas estratégias para aumentar a vigilância sobre simpatizantes e suspeitos de ligação com o Estado Islâmico, inclusive utilizando escutas telefônicas.
Edição: Graça Adjuto