Cerca de 200 mil bancários – quase metade da categoria – fizeram greve em todo o país nesta sexta-feira, segundo balanço da Confederação Nacional dos Bancários (CNB).
Dezoito capitais aderiram à mobilização, iniciada na última terça-feira em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Florianópolis. O movimento também cresceu no interior do país, especialmente nos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Em Curitiba, a paralização iniciu na quinta-feira.
No final da tarde de sexta, a CNB/CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo enviaram ofício à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) reforçando a rejeição da proposta e solicitando a reabertura das negociações.
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A CNB afirma que a Fenaban concordou em reabrir o processo e ficou de marcar uma nova rodada de conversas na próxima semana, mas a entidade dos bancos nega a informação.
Em Curitiba, 26 agências e as sedes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil ficaram com as portas fechadas a partir de quinta-feira. Entre as agências, a maioria é dos bancos públicos, sendo apenas duas do Banco Itaú.
Em São Paulo, cerca de 25 dos 106 mil bancários da Capital, de Osasco e região não trabalharam nesta sexta-feira, paralisando 340 agências de bancos públicos e privados. Após passeata na tarde de nesta sexta-feira, os bancários de São Paulo decidiram permanecer em greve na segunda-feira.
No Rio de Janeiro também houve passeata e a greve foi aprovada. Todas as agências da capital fecharam as portas, somente o Bradesco permaneceu aberto por força policial.
Em Brasília, 95% das agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil não funcionaram. Domingo haverá nova assembléia. As demais cidades realizam assembléia agora à noite para decidir sobre a continuidade da paralisação. As cidades que não aderiram ao movimento farão assembléias na segunda-feira.
Os bancários reivindicam reposição da inflação mais aumento real de 17,68% e Participação nos Lucros e Resultados de um salário mais R$ 1.200. Os banqueiros oferecem reajuste salarial de 8,5% mais R$ 30 para quem ganha salários até R$ 1.500 – o que representa reajuste de até 12,77% e aumento real de 5,75%.
Para os que ganham acima de R$ 1.500, o reajuste sugerido é de 8,5%, assim como para as demais verbas de natureza salarial como vales alimentação, refeição e auxílio-creche. A proposta, rejeitada, prevê Participação nos Lucros e Resultados de 80% do salário mais R$ 705 e pagamento de vale-alimentação extra de R$ 217.