O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta sexta-feira (30) que se a oposição venezuelana, "apoiada pelos Estados Unidos", desestabilizar o país após a realização do referendo deste domingo (02), a Venezuela cortará o abastecimento de petróleo àquele país.
"Se a fulana operação "tenaza" chegar a ativar-se (...) se no domingo ganhar o 'Sim' e a oligarquia venezuelana desatar a violência com a desculpa de que houve fraude (...) não haverá uma só gota de petróleo da Venezuela para os EUA", disse Chávez, diante de centenas de milhares de simpatizantes que se concentraram no centro de Caracas para o encerramento da campanha a favor do projeto de reforma constitucional proposto pelo presidente, que irá a referendo neste domingo.
A Venezuela é o quarto provedor de petróleo dos Estados Unidos e o quinto maior exportador mundial do óleo cru.
Leia mais:
Jornalista paranaense é assassinado a tiros no México, diz imprensa local
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
'Ainda Estou Aqui' é incluído na NBR, prêmio tradicional da crítica americana
ONU aprova conferência para discutir criação de Estado palestino
A "operação tenaza" supostamente se trataria de um plano da CIA (a agência de inteligência americana) que teria como objetivo "impedir o referendo ou não reconhecer seus resultados", diz um documento que circula na internet, com o título de "Fase terminal da operação tenaza".
Estima-se que mais de 16 milhões de venezuelanos irão às urnas neste domingo para definir se 69 artigos da Constituição de 1999 serão modificados ou não.
As mais recentes pesquisas de intenção de voto mostram que não há favoritismo nem para o ‘sim’ nem para o ‘não’ no referendo.
Dentre as principais propostas de mudanças constitucionais estão a reeleição por número indefinido de vezes para presidente;
aumento do mandato presidencial de seis anos para sete anos; fim da autonomia do Banco Central e redução da idade mínima para votar de 18 anos para 16 anos.
As informações são da BBC Brasil.