O aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, teve cancelados cerca de 83% dos vôos programados para onteme, das 6h às 15h. Outros cinco vôos sofreram atrasos de mais de uma hora. Durante a manhã, o terminal operou cinco horas por instrumentos devido ao mau tempo.
Ontem foi o segundo dia consecutivo no qual a TAM se antecipou à chuva, cancelando 36 vôos que sairiam de Congonhas. Outros 22 foram desviados para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo). Desde o acidente com o vôo 3054, a empresa se recusa a operar em Congonhas sob chuva.
O grande número de cancelamentos e atrasos ocorre mesmo depois de a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) determinar a paralisação de vendas de passagens para vôos saídos de Congonhas. O objetivo é reacomodar o mais rápido possível os passageiros que tiveram vôos cancelados nos últimos dias. A TAM também suspendeu a emissão de bilhetes com saídas de Cumbica.
Leia mais:
OMS anuncia que mpox ainda figura como emergência em saúde pública global
Curiosos ficam próximos de lava de vulcão na Islândia e polícia é acionada
Funeral de Liam Payne movimentou doações para ajudar crianças com câncer
Equipe de Trump tem primeira baixa e escolhido para Departamento de Justiça renuncia à indicação
Em uma provável tentativa de desafogar Cumbica, a Aeronáutica impôs ao aeroporto de Brasília a manutenção de um intervalo mínimo de dez minutos entre as decolagens com destino ao terminal metropolitano, na manhã de ontem. À tarde, o intervalo baixou para cinco minutos.
Para tentar eliminar a sequência de atrasos e cancelamentos que Congonhas gerou em toda a malha aérea nacional, a Anac proibiu a venda de passagens para vôos que partam do terminal paulistano. A expectativa é a de que as operações em todo o país sejam normalizadas em 48 horas.
O tempo chuvoso não prejudica apenas as operações em Congonhas mas também aumenta o risco de que ocorram deslizamentos de terra na cabeceira da pista principal, fechada desde o dia 17, quando o Airbus A-320 da TAM perdeu o controle ao tentar pousar, atravessou a avenida Washington Luís e bateu contra um galpão da TAM Express.
Vítimas- O IML identificou ontem os restos mortais de outras duas vítimas do vôo 3054 e agora sobe para 76 o número de corpos reconhecidos pelos legistas. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), os corpos identificados são de Kátia da Luz Escobar e Valdir Cordeiro de Moraes. Kátia, tinha 43 anos, era solteira e atuava como assessora de imprensa do Sinapers (Sindicato dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio Grande do Sul). Ao todo, a entidade perdeu nove integrantes no acidente, que se dirigiam a São Paulo em militância sindical.
Moraes, 36, era casado, pai de um filho e estudava administração na Universidade de Santa Cruz do Sul. Ele vinha a São Paulo a trabalho.
Das agências