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Sexualidade

Cientistas italianos comprovam existência do ponto G

BBC Brasil
20 fev 2008 às 20:48

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Cientistas italianos afirmam ter realizado, pela primeira vez, ultra-sonografias que comprovam a existência do ponto G - uma área que, quando estimulada, pode proporcionar às mulheres orgasmos intensos.

No estudo, publicado na revista New Scientist, o ginecologista Emmanuele Jannini afirma que, até agora, havia poucas evidências sobre a existência do ponto G, que ficaria localizado entre a vagina e a uretra.

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Segundo o ginecologista, os exames inéditos revelaram claras diferenças anatômicas entre mulheres que disseram ter atingido orgasmo vaginal e outras que não vivenciaram a experiência. Este tipo de orgasmo é atingido pelo estímulo da parede vaginal, sem a fricção simultânea do clitóris.

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Nos testes, os especialistas realizaram um ultra-som para visualizar a uretra e a vagina de nove mulheres que tiveram orgasmos vaginais envolvendo o ponto G e de outras 11 que nunca sentiram o ápice do prazer sexual nesta região.

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Os exames das mulheres do primeiro grupo acusaram um claro espessamento do tecido uretrovaginal, que seria associado ao orgasmo vaginal.


Incapacidade de orgasmo

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Para Jannini, a descoberta "significa que mulheres sem qualquer sinal visível do espessamento desta área (que se convencionou chamar de ponto G) não são capazes de ter orgasmo vaginal".


"Pela primeira vez, é possível determinar por um método simples e barato se uma mulher tem o ponto G ou não", diz Jannini.

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O médico já havia encontrado pontos relacionados ao aumento da função sexual na área entre a vagina e a uretra. Esses locais liberariam a PDES, uma enzima que, nos homens, processa óxido nítrico e possibilita a ereção.


No entanto, a equipe não havia conseguido ligar a presença desses pontos ao orgasmo vaginal.

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Polêmica


O estudo gerou controvérsias. Alguns especialistas desafiam a teoria de que mulheres que não atingiram orgasmo vaginal não têm o ponto G.

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"O estudo é intrigante, mas não significa necessariamente que mulheres que não têm orgasmo não têm o ponto G", diz Beverly Whipple, da Universidade de Rutger, de Nova Jersey - que, junto com uma equipe de médicos, cunhou o termo ponto G em 1981.


Estudos conduzidos pela equipe americana sugerem que todas as mulheres descrevem alguma espécie de sensibilidade na área onde o ponto G estaria localizado.


Whipple diz que o próximo passo é pedir às mulheres que se estimulem sexualmente e repitam os exames, já que a área pode inchar com a pressão física.

"Futuros exames poderiam revelar que todas as mulheres têm o ponto G", diz a pesquisadora.


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