Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Cúpula de Dubai

COP28 avalia ação de países contra aquecimento global

Lucas Pordeus León - Agência Brasil
30 nov 2023 às 11:15

Compartilhar notícia

- Juca Varella/Agência Brasil
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A COP 28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023) iniciou nesta quinta-feira (30) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Com representantes de aproximadamente 200 países e 70 mil pessoas, o encontro deve mostrar, pela primeira vez, um balanço global de como cada país está atuando para cumprir o Acordo de Paris, quando as nações se comprometeram a limitar o aumento da temperatura da terra a 1,5º C acima dos níveis pré-industriais.  


Ou seja, pela primeira vez desde o documento, serão avaliadas as contribuições dos países para a redução do aquecimento da Terra. A análise vai servir de base para a COP30, em 2025, quando o Acordo de Paris completará 10 anos, e está prevista a adoção de novas medidas para mitigar o aquecimento da terra.  

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


“A COP 28 faz uma revisão do que foi proposto nas edições passadas e verifica como cada país tem evoluído. Ela é uma prestação de contas de cada país”, detalhou Pedro Côrtes, professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP (Universidade de São Paulo). Conforme Côrtes, os acordos climáticos não punem os países que não os cumprem.  

Leia mais:

Imagem de destaque
durante uma festa do rapper

Em nova acusação contra Diddy, homem diz que foi drogado e estuprado em carro

Imagem de destaque
Análise

Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas

Imagem de destaque
Previsão da ONU

La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência

Imagem de destaque
Dos EUA

Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster


“É como se fosse um puxão de orelha só. Dizem: ‘vocês poderiam ter reduzido mais e não o fizeram’, e os representantes do país vão tentar explicar os motivos, mas o que a gente verifica é que países como Estados Unidos e China acabam não abraçando essas causas tanto quanto poderiam e deveriam”, pontuou.  

Publicidade


Meta


Outra expectativa é a da reafirmação do compromisso assumido pelos países de manter a meta de aumento da temperatura em 1,5ºC em comparação aos níveis pré-industriais. A diretora de Políticas Públicas e Relações Governamentais da TNC Brasil, Karen Oliveira, frisou que há risco de essa meta ser revista.  

Publicidade


“Infelizmente, este é um debate que está na mesa. Às vezes, os próprios textos das discussões sobre o clima usam o termo 'preferencialmente' ao citar a necessidade de não passar a meta de 1,5ºC. Mas nós sabemos que não é uma questão de preferência, é uma questão obrigatória frente as consequências danosas das mudanças do clima”, comentou.  


Em relatório anual divulgado no último dia 20, o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) apontou que o mundo pode aumentar a temperatura em até 2,9ºC até 2100 se não houver mudanças nas políticas atuais. O número é quase o dobro do limite fixado pelo Acordo de Paris. O documento também registrou aumento de 1,2% da emissão de gases do efeito estufa entre 2021 e 2022.  

Publicidade


“É a maior quantidade jamais registrada. Salvo o setor do transporte, todos os demais setores repuseram inteiramente as quedas de emissões causadas pela pandemia de covid-19 e agora já superam os níveis de 2019”, fala a ONU (Organização das Nações Unidas).  


“O mundo está muito fora de rota para conseguir limitar o aumento da temperatura em 1,5ºC. Então, é preciso fazer muito mais, e isso passa pela eliminação dos combustíveis fósseis”, disse a coordenadora adjunta de Política Internacional do Observatório do Clima, Stela Herschmann.  

Publicidade


Ela acrescentou que está em andamento uma articulação para prorrogar a produção de combustíveis fósseis por meio do uso de tecnologias que mitigam sua utilização, como a captura de carbono, que filtra os gases jogados na atmosfera e os armazena. “São tentativas dos produtores de petróleo de estender a vida útil de sua produção. O que os cientistas do mundo falam é que precisamos reduzir de maneira drástica as emissões. Não temos tempo a perder com essas soluções tecnológicas que não são viáveis economicamente e que não têm larga escala”, afirmou.  


Crise climática  

Publicidade


As emissões de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4), são responsáveis pelo aquecimento da terra e impulsionam a atual crise climática, marcada por eventos extremos, como o calor excessivo, as secas prolongadas e as chuvas muito intensas. 


Os gases do efeito estufa lançados na atmosfera vêm aumentando desde a Revolução Industrial (séculos 18 e 19), principalmente por meio da queima de combustíveis fósseis. É uma das principais preocupações de cientistas, sociedades e governos que vêm mobilizando os encontros sobre o clima desde a Eco de 1992, que ocorreu no Rio de Janeiro.  


No Acordo de Paris, em 2015, 195 países se comprometeram a combater o aquecimento global “em bem menos de 2º C acima dos níveis pré-industriais”, buscando limitá-lo a 1,5ºC. O Brasil se comprometeu a reduzir, até 2030, em 43% a emissão dos gases do efeito estufa em relação aos níveis de 2005. 


Imagem
Dia da Consciência Negra é aprovado como feriado nacional
A Câmara dos Deputados aprovou na noite de quarta-feira (29) o projeto de lei que faz o Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, feriado nacional.
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo