Estatísticas do Registro Civil de 2003, sistematizadas e divulgadas nesta terça-feira (21) revelam que de 1993 a 2003 houve um aumento de 16,8% (de 17,3% para 20,8%) na participação dos nascimentos cujas mães eram adolescentes e jovens menores de 20 anos.
O dado preocupante é que o fenômeno está concentrado entre as adolescentes das classes menos favorecidas economicamente.
O maior número de adolescentes grávidas concentra-se no Norte (25,8%) e no Nordeste (23,3%). No outro extremo, estavam o Distrito Federal (16,8%) e São Paulo (17,4%).
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Mortes violentas matam 4 vezes mais homens que mulheres
O estudo também apontou que em 2003, no Brasil, a proporção de mortes violentas (homicídios, suicídios e acidentes de trânsito) foi de 15,7% para indivíduos do sexo masculino e de 4,1%, para as mulheres, ou seja a mortalidade masculina por causas violentas é quase 4 vezes superior à feminina.
Em relação a 1993, houve aumento relativo de 13,7% na participação dos óbitos violentos masculinos em relação ao total de óbitos desse sexo, enquanto os percentuais de óbitos femininos mantiveram-se estáveis.
Apesar de mais noticiadas nas grandes cidades e principalmente na região Sudeste, as mortes violentas entre os homens têm recebido destaque também em outros Estados. Rio e São Paulo têm percentuais acima da média, de 17,2% e de 18,8%, respectivamente. Eles não representam o teto destes percentuais, Estados como o Mato Grosso tem taxa de 23,7% e Roraima, de 24,1%.
O IBGE destaca, no entanto, que em razão do subregistro de óbitos que ocorre com maior freqüência nas regiões Norte e Nordeste é preciso relativizar as comparações. A região com maior incidência de óbitos relacionados a causas violentas é a Centro-Oeste. Nesta região, o percentual entre os homens chega a 19,7% e entre as mulheres, a 6%.
Fonte: IBGE e Folha Online