Representantes do principal partido de oposição na Grã-Bretanha e setores da imprensa britânica pediram a renúncia do chefe da Polícia Metropolitana de Londres, Ian Blair, depois que a corporação foi considerada culpada de colocar em risco a segurança do público no episódio que resultou na morte do eletricista brasileiro Jean Charles de Menezes. "Houve uma série terrível de erros e ele é a pessoa responsável", disse o indicado do Partido Conservador para monitorar as atividades da Procuradoria Geral, Dominic Grieve.
A polícia foi condenada na quinta-feira a pagar multa de 175 mil libras (cerca de R$ 634 mil) e mais 385 mil libras (cerca de R$ 1,394 milhão) pelos custos do processo. Após o veredicto, Ian Blair anunciou que permaneceria no cargo, uma decisão que contou com o apoio do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
Grieve disse que o incidente foi "vergonhoso em termos de competências da polícia, tendo em vista que uma pessoa inocente foi morta a tiros do jeito que foi, depois de uma série de acidentes que não deveriam ter ocorrido".
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O eletricista foi morto a tiros pela polícia em 22 de julho de 2005, ao entrar em um vagão de metrô na estação de Stockwell, no sul de Londres, depois de ser confundido com um homem-bomba.
A promotoria identificou 19 falhas da operação policial nas horas anteriores à morte de Jean Charles.
Richard Barnes, líder dos conservadores na Assembléia de Londres, órgão com membros eleitos que fiscalizam as atividades da prefeitura da cidade, e membro da Autoridade da Polícia Metropolitana, órgão que fiscaliza as atividades da Polícia Metropolitana, disse que pretende ver Blair removido do cargo.
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