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No corredor da morte

DNA pode tirar da cadeia jovens presos há 13 anos nos EUA

BBC Brasil
05 nov 2007 às 18:16

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Amostras de DNA podem reverter a condenação de três jovens americanos acusados por um dos crimes que mais chocou os Estados Unidos. Jason Baldwin, Jessie Misskelley e Damien Echols eram adolescentes em 1994, quando foram condenados pela morte de três meninos de 8 anos na cidade de West Memphis, no Estado do Arkansas.

Na época, a polícia acreditava que os meninos teriam sido mutilados e mortos em um ritual satânico, e a culpa recaiu sobre os três adolescentes. Agora, advogados da defesa conseguiram o teste de fios de cabelo encontrados em um dos corpos e no local do crime. O resultado aponta o DNA do padrasto de uma das vítimas e de um amigo.

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Especialistas afirmaram que a mutilação teria sido provocada por animais que atacaram os corpos dos meninos já mortos. Baldwin e Misskelley, na época com 16 e 17 anos, foram condenados à prisão perpétua e vêm cumprindo a pena desde então. Echols, que tinha 18 anos, está no corredor da morte.

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Os três foram levados a julgamento depois que Misskelley, que sofria de retardo mental e era usuário de drogas, confessou o crime e culpou os amigos. Mas o depoimento de Misskelley apresentava erros factuais, como a hora do crime e a maneira como as crianças foram mortas.


A promotoria também baseou o veredicto nas informações de um especialista em satanismo que, como se descobriu mais tarde, obteve um diploma falso. Na época, os advogados de defesa argumentavam que os adolescentes eram vítimas de uma "caça às bruxas" apenas porque gostavam de heavy metal e não se enquadravam no perfil normal de outros jovens da cidade.

O caso foi tema do documentário Paradise Lost, exibido nos Estados Unidos pelo canal HBO, e será abordado no filme Devil's Knot (Nó do Diabo, em tradução livre). Os jovens também conquistaram a simpatia de celebridades do rock, como Marilyn Manson e Eddie Vedder, do grupo Pearl Jam, que estão fazendo campanha para que os veredictos sejam revertidos. A procuradoria-geral do Arkansas está agora examinando as novas provas e afirma que o processo pode chegar a levar anos.


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