Para alcançar um padrão elevado de educação populacional até o ano de 2020, o Brasil precisaria criar 11,6 milhões de novas vagas escolares no ensino médio e superior, a um custo estimado de R$ 1,5 trilhão.
Segundo o estudo, seria necessária a abertura de 330,8 mil novas turmas, 110,3 mil novas salas de aula e a contratação de 1,5 milhão de novos professores.
A quinta edição do Atlas da Exclusão Social, que será apresentado no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, traz dados de 5.500 munícipios do país e a primeira a trazer um projeção de metas, com expectativa de prazo e custos, em oito áreas essenciais da sociedade.
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O critério comparativo adotado foi o da percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido por um país em estágio intermediário e outro avançado em cada área. No caso da educação, foram estudados os dados apenas do ensino médio (15 a 17 anos), comparados aos de Estados Unidos e Chile, e os do nível superior, comparados a Argentina e Estados Unidos.
De acordo com os levantamentos do Atlas, o Brasil teria de ampliar a verba aplicada em 3,8% do PIB para o ensino médio (mais R$ 960 bilhoes) e em 6,8% (mais R$ 1,7 trilhão) para o ensino superior.
Enquanto no Brasil apenas 34,7% da população na faixa de 15 a 17 anos estão cursando o ensino médio, há 54,2% nos Estados Unidos e 85% no Chile. Para que o país possa atingir um grau considerado intermediário com 54,2%, há necessidade de se criar 1,9 milhão de novas vagas, um aumento de 325 mil professores e a construção de 18 mil novas salas de aula.