Um estudo encomendado pela Biblioteca Britânica (British Library) desfaz o que chama de "mitos sobre a geração Google", e diz que suposta capacidade das gerações mais jovens de buscar informações através dos novos recursos tecnológicos seria "supervalorizada".
Segundo o estudo da University College of London, os jovens adolescentes de hoje não são necessariamente eficientes em fazer pesquisas pela internet, não permanecem mais tempo online que as pessoas mais velhas e não destoam do resto da sociedade em priorizar informação rápida e digerida.
Para os pesquisadores, é preciso tomar cuidado com suposições como a de que as gerações mais jovens são mais autodidatas que gerações anteriores.
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O estudo, que tenta esclarecer como as novas tecnologias afetarão o futuro das bibliotecas, define como "geração Google" os jovens nascidos a partir de 1993, depois da popularização do microcomputador, confortáveis com as novas tecnologias e acostumados à permanente conectividade.
"Na verdade, já somos a Geração Google: a demografia da internet e do consumo de mídia está erodindo supostas diferenças geracionais", diz o estudo.
"De certa maneira, o rótulo de Geração Google atrapalha."
O estudo também confirmou que a "geração Google" é afeita à prática de "copiar e colar" informações para suas pesquisas, e prefere plataformas interativas de informação que o consumo passivo delas.
A análise deixou em aberto a hipótese de que os jovens sejam mais capazes que seus pais de realizar diversas tarefas ao mesmo tempo. "A questão mais ampla é saber se habilidades seqüenciais, necessárias para a leitura, também estão sendo desenvolvidas."