Os Emirados Árabes Unidos fecharam a embaixada no Iêmen e retiraram o pessoal diplomático devido à deterioração da segurança no país, anunciou hoje (14) o Ministério dos Assuntos Exteriores.
Em comunicado, o ministério ressaltou que suspendeu as operações na embaixada devido à "crescente deterioração" da situação política e de segurança no Iêmen e pelos trágicos acontecimentos ocorridos depois de os Huthi terem "usurpado a autoridade legítima".
Os Emirados Árabes acusaram o movimento rebelde dos Huthi de ter "minado a transição política baseada na iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo e os resultados do diálogo nacional apoiado pelas Nações Unidas".
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O líder dos Huthi, Abdelmalek Al Huti, anunciou no dia 6 de fevereiro a dissolução do Parlamento e a formação de um conselho presidencial transitório para preencher o vazio deixado pelo presidente do país, Abdo Rabu Mansur Haidi, que renunciou por pressões dos huties.
O movimento rebelde ocupou, nos últimos meses, edifícios governamentais e palácios presidenciais em Sana e estendeu o controle a sete províncias iemenitas.
A decisão dos Emirados ocorre depois de, nessa sexta-feira (13), a Arábia Saudita ter fechado a embaixada e anunciado a retirada dos funcionários da missão diplomática, uma medida também adotada por países ocidentais como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
Após os protestos que eclodiram em 2011 e culminaram, no ano seguinte, com a queda do presidente Ali Abdalá Saleh, o Iêmen seguiu um processo de transição promovido pelas monarquias da Arábia Saudita, dos Emirados, do Bahrein, do Kuwait, do Catar, de Omã e da Organização das Nações Unidas, que foi interrompido pela tomada do poder por parte dos huties.