A Casa Branca reconheceu, nesta terça-feira (22), que não conseguirá atingir a meta de vacinação estipulada pelo presidente Joe Biden, segundo a qual 70% dos adultos americanos receberiam ao menos uma dose do imunizante até 4 de julho, data em que o país comemora sua independência.
De acordo com levantamento do jornal New York Times, o ritmo atual de vacinação permitiria que os EUA chegassem a 67% dos adultos parcialmente imunizados, pouco aquém da meta do democrata.
A constatação, no entanto, não é significativa, disse Jeff Zients, coordenador da resposta à pandemia da Casa Branca, durante entrevista coletiva. Os números alcançados até aqui, segundo ele, indicam que os EUA construíram "um programa de vacinação inigualável e inédito em todo o país".
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Após a "conquista notável", nas palavras de Zients, o objetivo agora é garantir a aplicação da primeira dose da vacina em 70% dos americanos com 27 anos ou mais -a meta inicial se referia a todos os maiores de 18 anos, número que foi alcançado em 15 dos 50 estados e no Distrito de Columbia.
A taxa de vacinações nos EUA aumentou menos de um ponto percentual nas últimas duas semanas e teria que mais do que dobrar nas próximas duas semanas para que o país atingisse a meta estipulada por Biden em maio.
Entre os obstáculos para a imunização de todos os americanos, estão o desequilíbrio nos índices de vacinação entre diferentes grupos raciais e o desafio de convencer parte da população que se recusa a receber a dose ou ainda está indecisa.
Segundo Zients, jovens adultos de 18 a 26 anos têm se mostrado particularmente difíceis de persuadir. "A realidade é que muitos norte-americanos mais jovens sentem que a Covid-19 não é algo que os afeta, e eles estão menos ansiosos para se vacinar", disse.
Segundo levantamento do portal Our World in Data, os EUA vacinaram com ao menos uma dose 53,03% de sua população. Os que estão completamente imunizados -porque receberam as duas doses ou o imunizante de dose única- são 44, 86%.
Até esta terça, os EUA seguem na liderança do ranking de países com o maior número de casos e mortes. São 33,5 milhões de infecções confirmadas e mais de 602 mil óbitos, segundo os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.