O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, advertiu hoje (27) que os Estados Unidos e Cuba, que hoje iniciaram uma segunda rodada de negociações diplomáticas, não estão debatendo a eventual saída de Havana da lista de países patrocinadores do terrorismo. "As negociações em curso visam regular a questão do restabelecimento das relações diplomáticas", afirmou John Kerry, em declarações à imprensa.
"A classificação de Estados que apóiam o terrorismo é um assunto distinto. Não é uma negociação. É uma avaliação que prossegue de forma separada", argumentou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.
Cuba reclama ser retirada desta "lista negra" do Departamento de Estado norte-americano. Havana figura nesta lista desde 1982, ao lado de países como o Irã, a Síria e o Sudão.
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No dia em que anunciou o processo de restabelecimento das relações diplomáticas com Havana, em 17 de dezembro do ano passado, o Presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que ia fazer avançar esta matéria.
Os governos dos Estados Unidos e de Cuba regressaram hoje à mesa das negociações para debater a aproximação histórica entre os dois países, que não têm relações diplomáticas oficiais desde 1961.
Depois de um primeiro encontro em Havana, em janeiro, a segunda rodada de negociações acontece hoje, no Departamento de Estado norte-americano, em Washington.
Tal como aconteceu na capital cubana, a delegação norte-americana é chefiada pela secretária de Estado adjunta para os Assuntos do Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, e a equipe cubana por Josefina Vidal, diretora-geral para os EUA no Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba.