O ex-Policial Militar Sirlei Alves Teixeira foi condenado a 59 anos e seis meses de prisão pela morte de 21 pessoas na chacina de Vigário Geral, ocorrida há 10 anos, e pela tentativa de homicídio de quatro sobreviventes do crime.
De acordo com o iG, o julgamento começou na tarde de sexta-feira, no 2º Tribunal de Júri, e só acabou às 4H30 de sábado. Sirlei ainda responde por outro homicídio e por assalto a banco, quando foi preso ano passado.
O álibi do PM era de que na hora da chacina ele estava de plantão na guarita de um clube em Jacarepaguá, onde Sirlei prestava serviços. A história foi desmentida pelo diretor do clube no tribunal.
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Cinqüenta e dois PMs foram acusados pela chacina - 33 no mês seguinte à tragédia, e 19 a partir de gravações descobertas durante as investigações dos primeiros acusados. Nove policiais deste segundo grupo foram absolvidos. Oito deles eram acusados de participar diretamente das mortes.
O nono réu, Pedro Flávio da Costa, foi julgado por fraude processual: teria jogado da Ponte Rio-Niterói armas usadas no crime. Até agora, foram condenados seis PMs, mas só três - incluindo Sirlei -, estão presos. Seis dos acusados morreram e 27, absolvidos. Dos 31 expulsos da PM em 1993, a maioria foi reincorporada por ato administrativo.