Qual é o maior rio do mundo? Será o Nilo, na África, ou o Amazonas, no Brasil? Em busca da resposta, a expedição científica "À Nascente do Rio Amazonas" partiu nesse domingo (20) em direção ao Peru, para medir a extensão do rio.
Durante os dez dias da expedição, os pesquisadores e documentaristas brasileiros terão o apoio de cientistas peruanos. A equipe quer identificar a verdadeira origem do Rio Amazonas, onde ele começa a correr de fato. Eles vão coletar dados das principais quebradas, também chamadas de córregos, que originam as águas do Amazonas.
Para realizar a tarefa, a equipe vai dispor de carros com tração, do tipo 4x4, e em alguns momentos terão de percorrer parte do trajeto a pé. A aventura vai exigir um pouco mais da equipe: na subida de montanhas eles terão de praticar montanhismo ou alpinismo. Eles serão guiados por especialistas peruanos em andinismo.
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Paulo Roberto, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), considera a expedição importante. "Acho que é importante, na medida em que, a gente aprende a conhecer o planeta de uma maneira melhor. No caso, por exemplo do Amazonas, a gente sabe que esses nevados (os picos nevados dos Andes) são indicadores de mudanças climáticas".
O pesquisador ressalta que um dos trabalhos é desenvolver um método universal de medição que permita usar novas tecnologias como as imagens de satélite e o geoprocessamento. Esse novo método será aplicado a qualquer rio do planeta.
As medições existentes adotam procedimentos que seguem a corrente do rio de maior vazão e não de maior comprimento. Nessa análise, o rio Amazonas, segundo dados do INPE, pode chegar a mais de 6.800 metros de comprimento.
Depois da expedição, os integrantes se reunirão com cientistas peruanos para chegar a um consenso sobre a extensão do Rio Amazonas.