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Breve, mas inflamado

Fidel surpreende em retorno com discurso de 11 minutos

Agência Estado
07 ago 2010 às 15:15

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Fidel Castro, com aparência saudável e vivaz, fez um apelo ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que evitasse uma guerra nuclear mundial, durante um discurso hoje, que marcou sua primeira manifestação oficial pública desde a cirurgia feita há quatro anos. O discurso ao parlamento Cubano, junto com outras recentes aparições, levantou questionamento sobre se Fidel retomaria o papel de líder do país.

Castro, que fará 84 anos em uma semana, chegou nos braços de um subordinado, acenando e sorrindo para a multidão que o aplaudia. "Fidel, Fidel, Fidel" e "vida longa a Fidel" eram os gritos que se ouviam. Vestindo farda verde oliva sem insígnias militares, ele imediatamente se dirigiu ao púlpito e fez um discurso inflamado de 11 minutos sobre seus temores sobre uma guerra nuclear global iminente. Ele implorou a Obama e a outras nações ricas que assegurassem que uma ocorrência como esta não se realize.

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Então, Castro se sentou próximo ao líder do Parlamento, Ricardo Alarcon, em vez de se sentar na cadeira vazia que os parlamentares haviam separado durante sua ausência e em sua homenagem. O atual presidente Raul Castro sentou no outro lado do palanque, de onde ouvia atentamente e tomou notas à medida que o irmão mais velho falava.

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Os parlamentares também falaram depois do discurso de forma entusiasmada a Fidel Castro sobre sua recuperação e aparência saudável. Ao ser questionado por um parlamentar se Obama seria capaz de iniciar uma guerra nuclear, Castro respondeu: "não. Não se nós o persuadirmos". Ele bateu a mão na mesa para ênfase e então se silenciou, aparentemente surpreendendo a multidão acostumada há tempos aos discursos com horas de duração pelos quais ficou famoso nos seus 49 anos de poder.

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A participação de Fidel Castro na sessão legislativa deste sábado marca seu primeiro ato oficial governamental e a primeira aparição conjunta com Raul, desde a cirurgia de intestino feita de emergência em 2006.



A participação na sessão levanta questões sobre seu papel futuro no governo cubano. Mesmo antes que a participação de Fidel fosse confirmada, líderes cubanos e a mídia estatal haviam começado a tratá-lo como "comandante-em-chefe", um título que ele tem evitado desde que passou o cargo ao irmão que é cinco anos mais novo, depois da cirurgia.



Recentemente, Fidel estava aparecendo nos arredores de Havana quase que diariamente, falando a grupos de intelectuais cubanos e durante encontros da juventude comunista, e até mesmo fez uma viagem ao aquário de Havana, para ver uma apresentação de golfinhos.


Castro, que havia escrito sobre guerra nuclear, diz que os Estados Unidos e Israel irão atacar o Irã e que Washington também poderia mirar a Coreia Norte. Ele havia sugerido que o conflito teria consequências como o Armagedon para o mundo todo.


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