O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes, negou, por meio de nota, que tenha questionado o direito à terra dos indígenas brasileiros. No texto divulgado à imprensa, a Funai diz que o "equívoco" foi propagado "em razão de interpretações sensacionalistas". De acordo com matéria publicada pela agência de notícias internacional Reuters, Gomes teria afirmado que os "índios têm terra demais".
A suposta fala de Gomes gerou reações de entidades que trabalham com a causa indígena. Para o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), entidade ligada à igreja católica, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes, assumiu "o discurso dos fazendeiros". Para o vice-presidente do Cimi, Saulo Feitosa, "isso revela o atrelamento de Mércio Gomes e do governo Lula ao agronegócio e às antigas oligarquias rurais do país".
A nota da Funai , assinada pela Coordenação Geral de Assuntos Externos da Fundação, destaca que Gomes "vê como motivo de orgulho nacional o fato de o Brasil ter praticamente 12,5% de seu território constituído por terras indígenas e, por essa razão, considera o país exemplar no resgate de uma dívida histórica para com sua população de origem".
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A idéia de limitação, em cada estado, da extensão das terras destinadas aos índios está presente na proposta de emenda constitucional (PEC) de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti, em tramitação no Senado Federal.
Agência Brasil