Funcionários dos Correios de todo o país entram nesta quinta-feira (13) em greve. Após assembléias ontem em vários estados, os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) decidiram pela paralisação nacional, por tempo indeterminado, com o objetivo de reivindicar melhores condições de trabalho.
A estimativa do diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores da ECT, José Gonçalves Jacó, é de que 100 mil trabalhadores, do total de 110 mil no país, paralisem as atividades. No Paraná, cerca de 80% dos funcionários já estão em greve, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no estado, Nilson Rodrigues dos Santos.
Na rodada de negociações desta quinta-feira, segundo Jacó, a empresa apresentou proposta de reajuste salarial de 3,74%, enquanto a categoria reivindica 47% e aumento real de R$ 200. A essa última proposta, os Correios ofereceram R$ 50, a serem pagos somente em janeiro.
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"Ainda é muito pouco. Um carteiro tem salário inicial de R$ 524 e um diretor recebe cerca de R$ 24 mil. Queremos um processo de recuperação salarial", explicou Jacó.
Além de aumento no salário, os funcionários pedem licença-maternidade de seis meses e adicional de insalubridade. "Hoje, os carteiros sofrem com incidência de câncer de pele, ataques de cães, assaltos e outros acidentes", disse o presidente do sindicato paranaense.
Segundo o Comando Nacional de Greve, a empresa informou que não vai discutir essas outras reivindicações.
ABr