Representantes do grupo Tortura Nunca Mais, do Rio de Janeiro, defenderam, nesta quinta, a revogação do decreto que criou, em outubro, uma Comissão Interministerial para descobrir o paradeiro das ossadas dos desaparecidos políticos da guerrilha do Araguaia, movimento armado da década de 70.
O grupo divulgou nota de repúdio em que afirma que "a comissão é uma proteção àqueles que prenderam, assassinaram e desapareceram com os opositores políticos ao regime ditatorial", durante audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, para discutir o tema "Restos Mortais de Participantes da Guerrilha do Araguaia".
O grupo afirma, ainda, que a comissão, coordenada pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, é antidemocrática, por não ter nenhum representante de familiares de desaparecidos políticos e nem de organizações não-governamentais, além de manter os documentos obtidos em caráter sigiloso.
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Participaram da audiência pública membros da Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos e representantes de familiares. Eles criticaram ainda o fato de a União ter recorrido da setença da juiza federal Solange Salgado, de Brasília, no sentido de determinar que o Exército abrisse os arquivos relacionados ao Araguaia.
Fonte: Agência Brasil