O secretário-geral da organização Repórteres Sem Fornteiras (RSF), Robert Ménard, avaliou neste sábado em Paris que a guerra no Iraque foi proporcionalmente mais mortífera para os jornalistas do que para os soldados da coligação Estados Unidos-Inglaterra.
"Isso significa que há cada vez mais riscos profissionais (...) Quando um tanque norte-americano dispara contra o Hotel Palestina (em Bagdá, onde estava hospedada a imprensa internacional), isso não são riscos de profissão. Quando atacou os escritórios da estação televisiva Al-Jazira foi um crime de guerra", afirmou.
Para Ménard, os norte-americanos violaram a convenção de Genebra, segundo a qual os jornalistas são civis e não podem ser usados como alvos. A Repórteres Sem Fronteiras já pediu a abertura de um inquérito ao organismo encarregado de fiscalizar esse acordo internacional. "Não se trata simplesmente de atacar os Estados Unidos, que são uma grande democracia, ao contrário do regime de Saddam Hussein, que de 1979 a 2003 executou 500 jornalistas e intelectuais", alertou.
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Balanço publicado hoje pela organização revela que a guerra no Iraque custou a vida a nove jornalistas estrangeiros e a de um colaborador iraquiano da BBC, por meios violentos, a que se juntam outros quatro mortos em acidentes. As informações são da Agência Lusa.