A Organização das Nações Unidas (ONU) comemora neste sábado (16) o Dia da Prevenção da Camada de Ozônio. Para assinalar a data, estão sendo realizados eventos em diversos países que, como o Brasil, são signatários, do Protocolo de Montreal, de 1987. Esse tratado internacional estabelece medidas para a proteção da camada de ozônio, que protege o planeta das radiações solares excessivas.
De acordo com o especialista no assunto Samy Hotimsky, da Environmental Resources Management (ERM), uma das principais prestadoras de serviços de consultoria ambiental do mundo, os produtos mais nocivos são o gás CFC, e outros gases refrigerantes utilizados em spray e aerossol.
Segundo Hotimsky, esses produtos têm de ser banidos em cada país, pois a recuperação da camada de ozônio, que estava prevista para 2050 só deverá ocorrer por volta de 2065, ou seja, com retardamento de 15 anos.
Leia mais:
ONU vê militarização de escolas como ameaça ao direito de ensino
Pantone declara 'Mocha Mousse', marrom suave e evocativo, como a cor do ano 2025
Jornalista paranaense é assassinado a tiros no México, diz imprensa local
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
Ele disse que a redução dos efeitos "passou a acontecer depois que o mundo se conscientizou da importância de preservar a estabilidade da atmosfera. Os esforços foram bem positivos, e o risco que corremos vem diminuindo", afirmou Hotimsky, em entrevista à Radiobrás.
A previsão de que a camada de ozônio se recuperará daqui a 49 anos foi divulgada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), apoiado em informações da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
A notícia se fundamenta em estudo feito por 250 cientistas internacionais indicando que o retardamento da recuperação da camada de ozônio se deve ao ciclo natural de ventos frios e rápidos provenientes da Antártida.
A camada de ozônio situa-se numa faixa de 25 a 30 km da estratosfera - a parte da atmosfera que vai de 12 a 40 km. O oxigênio absorve o excesso de radiação ultravioleta. Foi graças a esta capa protetora que a vida pôde evoluir em nosso planeta. Diminuindo a intesidade da chegada dos UV à superfície, o ozônio evita feridas na pele, câncer e mutações degenerativas. Ele funciona como um agente do sistema imunológico do planeta.