Os casos de homicídio em todo o mundo cresceram 30% entre 1980 e 2000, passando de 2.300 para mais de 3.000 por 100 mil pessoas. A informação faz parte do Relatório Global sobre Assentamentos Humanos, do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Urbanos (UN-Habitat), que este ano aborda o tema da segurança nas cidades do mundo.
De acordo com o estudo, é na América Latina e Caribe e na África Subsaariana que estão as taxas de homicídio mais altas, enquanto a União Européia e os Estados Árabes têm as mais baixas. Se compararmos os países, o relatório aponta que Colômbia, África do Sul, Jamaica, Guatemala e Venezuela têm os índices de homicídio mais altos, enquanto Japão, Arábia Saudita, Catar, Espanha, Chipre e Noruega têm os mais baixos. Mas, segundo o estudo, Washington DC, nos Estados Unidos, concentra as taxas mais altas de assassinatos do mundo.
A ONU cita dados da Organização Mundial de Saúde que apontam o homicídio entre as crianças. Segundo o relatório, 57 mil crianças foram assassinadas no mundo inteiro em 2000.
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As estatísticas das Nações Unidas também mostram que crimes violentos, em particular, estão aumentando. Quase 50 milhões de crimes violentos e contra a propriedade foram registrados pela polícia em 34 países industrializados somente em 2001.
O roubo é o crime mais comum contra a pessoa. Em todo o mundo, os casos de roubo cresceram cerca de 40% para 60%, entre 1980 e 2000. A América do Sul tem as taxas mais altas de furto, seguida pela África do Sul. No sul da Ásia e o Oriente Médio prevalecem as taxas mais baixas.
O estudo trata também da violência doméstica e mostra que, todo ano, entre 133 milhões e 275 milhões de crianças são vítimas de violência em casa, especialmente na Ásia e na África Subsaariana. A ONU ressalta que o abuso infantil é o maior fator de risco relacionado ao comportamento criminal no futuro. As mulheres são a população mais vulnerável à violência doméstica.